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Política

Flávio Bolsonaro estica feriado de carnaval em Cancún

Envolvido em investigação, o filho do presidente está hospedado em hotel de luxo com diárias a partir de R$ 1 mil

8 mar 2019 - 18h26
(atualizado às 18h40)
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O filho primogênito do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, esticou o feriado de Carnaval em Cancún, no México. Desde segunda-feira, 4, ele e a família estão hospedados no Grand Hotel Riviera Princess, que fica na praia de Carmen. O hotel, de luxo, oferece diárias a partir de R$ 1 mil.

Senador de primeiro mandato, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não terá descontos no salário de parlamentar pelos dias em que esteve longe do Senado, porque não houve sessões após o período de Carnaval. Procurado em seu gabinete no Senado, Flávio não retornou.

Senador Flávio Bolsonaro após reunião em Brasília
20/02/2019 REUTERS/Adriano Machado
Senador Flávio Bolsonaro após reunião em Brasília 20/02/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Filho mais velho do presidente, Flávio viu seu nome ganhar as páginas dos principais jornais após o Estado revelar movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro, Queiroz afirmou que fazia o "gerenciamento financeiro" de valores recebidos pelos demais servidores do gabinete de Flávio. Ele apresentou defesa por escrito negando que tenha se apropriado desses valores e que os mesmos eram usados para ampliar a rede de "colaboradores" que atuavam junto à base eleitoral do parlamentar fluminense.

No depoimento, o ex-assessor afirmou ainda que, como acreditava estar agindo de forma lícita e dispunha da confiança de Flávio, "nunca reputou necessário expor" ao chefe "a arquitetura interna do mecanismo que criou".

O ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão em conta bancária entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O Coaf identificou que outros servidores do gabinete de Flávio repassaram parte dos seus salários a Queiroz, na maioria das vezes em datas próximas ao pagamento na Alerj. A suspeita do MP-RJ é de que o ex-assessor recolhia o dinheiro para si próprio ou para entregar ao então deputado estadual, hoje senador.

Estadão
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