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Política

Sartori entrega poema sobre amargura e falsidade em reunião

Distribuição ocorreu durante a primeira reunião do governador eleito do RS com secretários

29 dez 2014 - 18h23
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<p><span style="font-size: 15.4545450210571px;">Intitulado &lsquo;Tarefa&rsquo;, o poema de Campos, composto na d&eacute;cada de 50, come&ccedil;a assim: &ldquo;Morder o fruto amargo e n&atilde;o cuspir, mas avisar aos outros &nbsp;quanto &eacute; amargo ...&rdquo;</span></p>
Intitulado ‘Tarefa’, o poema de Campos, composto na década de 50, começa assim: “Morder o fruto amargo e não cuspir, mas avisar aos outros  quanto é amargo ...”
Foto: Flávia Bemfica / Especial para Terra

O governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), distribuiu um poema nesta segunda-feira, durante a primeira reunião oficial com seu futuro secretariado. No encontro, que se estendeu por cerca de três horas, e realizado na sede da Companhia de Processamento de Dados do RS (Procergs), na zona Sul de Porto Alegre, Sartori entregou aos futuros secretários versos do poeta, escritor, jornalista e tradutor Geir Campos.

Intitulado ‘Tarefa’, o poema de Campos, composto na década de 50, começa assim: “Morder o fruto amargo e não cuspir, mas avisar aos outros  quanto é amargo ...”. O texto faz alusão às preocupações sociais do autor, que pertenceu ao antigo PCB. Os versos, um tanto sombrios, surpreenderam alguns dos presentes. Para outros, Sartori quis dar uma demonstração dos sacrifícios que serão necessários por parte dos integrantes do governo e apontar para a difícil situação financeira em que se encontra o Estado.

Ao final do encontro, Sartori disse que a reunião foi de “conhecimento”. O futuro governador, que em suas manifestações tem dado destaque aos problemas financeiros do Estado e prometeu cortar custos, não quis adiantar medidas. “Dei algumas orientações de ordem pessoal: que todo mundo receba bem, que sejam simples, que façam o que é possível e que façam bem feito.”

O estilo de Sartori já começou a render críticas duras da parte do atual governo, comandado por Tarso Genro (PT). Os petistas informam que as mudanças anunciadas até agora não diminuíram os curtos da máquina pública e asseguram que, em função das disputas políticas, o peemedebista tem “carregado nas tintas” quando fala que há uma crise nas finanças do Estado.

“Esta estratégia, além de não ser verdadeira, é equivocada, porque baixa a confiança dos investidores. Ranking do jornal Financial Times publicado em 2014 com as principais regiões da América para se investir mostrou o RS como o terceiro melhor lugar do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro”, rebate o atual secretário de Planejamento, João Motta. 

Fonte: Especial para Terra
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