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Política

Quem são os ex-presidentes do INSS de Lula e Bolsonaro alvos da PF

Stefanutto pediu demissão em abril, após denúncias. Ele foi preso nesta quinta, 13. José Carlos Oliveira, que comandou Instituto e foi ministro da Previdência de Bolsonaro, usará tornozeleira eletrônica. Defesas não se manifestaram

13 nov 2025 - 10h51
(atualizado às 13h51)
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Dois ex-presidentes do do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foram alvos de operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 13. Ambos são investigados por participarem de esquema fraudulento de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.

Alessandro Stefanutto foi preso na manhã desta quinta-feira, 13. Investigado por permitir desvios durante sua gestão, ele assumiu o INSS em julho de 2023, na atual gestão de Lula Ele pediu demissão no final de abril deste ano, após ordem do presidente. Procurada, a defesa de Stefanutto ainda não se manifestou.

Quem é Alessandro Stefanutto

Desde o início do ano, a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) apuram um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O valor estimado em cobranças irregulares pode chegar a R$ 8 bilhões, segundo auditoria da CGU.

Ele estava no INSS desde 2000, quando foi aprovado para atuar em São Paulo. Entre 2006 e 2009, liderou a Coordenação Geral de Administração das Procuradorias do INSS, sendo responsável pela gestão de 91 Procuradorias Seccionais e 5 Procuradorias Regionais, além de coordenar a implantação do sistema Sistema Integrado de Controle das Ações da União (Sicau).

Entre 2011 e 2017, ocupou o cargo de Procurador-Geral do INSS, sendo o principal responsável pela defesa judicial da Previdência Social.

Em março de 2023, retornou ao INSS como Diretor de Orçamento, Finanças e Logística, cargo que antecedeu sua nomeação como Presidente da autarquia em julho de 2023.

Quem é José Carlos Oliveira

Ex-presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e ex-ministro da Previdência no governo de Jair Bolsonaro, José Carlos Oliveira foi aposentado pelo INSS em outubro deste ano.

Oliveira, que passou a se apresentar como Ahmed Mohmad, tornou-se diretor de benefícios do INSS em maio de 2021 e foi alçado a presidente do órgão em setembro do mesmo ano. Em março de 2022, foi nomeado ministro do Trabalho e da Previdência por Jair Bolsonaro.

Ahmed Mohamad (José Carlos) Oliveira, durante CPI do INSS.
Ahmed Mohamad (José Carlos) Oliveira, durante CPI do INSS.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Estadão

Antes de assumir o cargo, ele foi técnico do seguro social e ocupou a Diretoria de Benefícios do INSS. Também foi superintendente do órgão na Região Sudeste.

Oliveira atuou como vereador de São Paulo entre outubro e dezembro de 2012 - ele havia sido eleito suplente pelo DEM, mas antes de assumir o cargo migrou para o PSD.

Era considerado "afilhado" político de Arnaldo Faria de Sá, ex-deputado federal que se apresentava como defensor dos aposentados e foi um dos principais combatentes na oposição à reforma da Previdência durante o governo Michel Temer.

Gestão de Oliveira no INSS

Oliveira foi responsável pela celebração de três acordo de cooperação técnica (ACT) com entidades suspeitas de terem arrecadado R$ 492 milhões com descontos ilegais aplicados a benefícios de aposentados e pensionistas.

Ele ignorou pareceres técnicos do órgão que recomendavam a não celebração de acordo e avaliação de riscos. Em depoimento à CPI do INSS, em setembro deste ano, o ex-presidente do Instituto afirmou que os acordos eram assinados de forma "automática" e que o órgão previdenciário não tinha condição de fiscalizá-los.

Ele também figurava como sócio de empresa de cobrança, o que conflitava com os interesses do acordo. Oliveira também era dirigente do INSS quando foi celebrado o acordo com a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), uma das principais investigadas na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, e que tem ligação com os empresários Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", ambos presos pela polícia em setembro.

Estadão
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