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Política

PTB e PDT anunciam saída de base de apoio do governo Dilma

6 ago 2015 - 10h44
(atualizado às 11h26)
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O PDT e o PTB anunciaram nesta quinta-feira que deixam a base de apoio ao governo de Dilma Rousseff na Câmara, mas que isso não significa uma migração para a oposição, mas a decisão de manter uma postura "independente".

Dilma perdeu o apoio de dois partidos da base aliada.
Dilma perdeu o apoio de dois partidos da base aliada.
Foto: Roberto Stuckert Filho / PR

Ainda não se sabe se a medida será seguida pelos membros dessas duas formações no Senado. Cada um disses partidos tem um ministro, mas nem PTB nem PDT esclareceram se essa decisão pode levá-los a deixar os cargos.

O PTB ocupa o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com Armando Monteiro; enquanto o PDT controla o Ministério do Trabalho, com Manoel Dias.

O deputado André Figueiredo, líder do PDT na Câmara, disse que "a gota d'agua" foram as críticas que o PT fez ao partido por ter votado contra de algumas medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo.

"Nos chamaram de traidores e isso é inaceitável", afirmou Figueiredo, que explicou que a decisão de abandonar a base governista se limita "por enquanto" à Câmara dos Deputados, embora não escondeu que possa ser seguida pelo PDT no Senado. "Naturalmente, outros passos podem ser dados", declarou.

No caso do PTB, a explicação foi semelhante, dada pelo líder do partido na Câmara, Jovair Arantes. "A partir deste momento, o grupo de deputados do PTB decide assumir uma posição de independência com relação às votações e se reserva o direito de votar e opinar como quiser", declarou.

Os deputados sublinharam que a postura do trabalhismo na Câmara dos Deputados será de "independência" e que essa ruptura não significa que migram para a oposição. 

A base governista no legislativo está fragilizada e dividida, muito por causa das medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo para sanear as contas públicas. 

Essas medidas implicaram um forte corte do gasto público previsto para este ano e um aumento de impostos, e sofreram resistência de vários dos partidos da coalizão que sustenta o governo.

A base governista é liderada pelo PT e pelo PMDB, e ainda inclui o PRB, o PR, o PP, o PcdoB, o PROS e o PSD.

EFE   
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