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Política

Presidente da Petrobras e ministro cancelam ida ao Senado

Governo havia articulado a presença de Graça Foster e Edison Lobão para tentar evitar a CPI da Petrobras

4 abr 2014 - 18h59
(atualizado às 19h14)
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A presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, cancelaram a ida a audiências no Senado, marcadas para as próximas semanas. O governo havia articulado a presença de ambos para tentar evitar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa para investigar a estatal.

Graça enviou um e-mail para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado informando que não iria à audiência marcada para próxima terça-feira, quando responderia a questionamentos sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. No mesmo dia, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) decidirá sobre duas questões de ordem que definirão o futuro da CPI da Petrobras.

“Ela provavelmente deve ser a primeira pessoa a vir pela CPI. Então não faz sentido ela vir para a Comissão de Fiscalização e Controle, para uma audiência onde ela só foi convidada, quando com certeza ela vai para a CPI”, disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que afirma ter aconselhado a executiva a não comparecer à audiência.

A presença de Lobão estava marcada para o próximo dia 15, quando o Congresso deve definir o rumo de dois pedidos de CPIs mistas, ou seja, envolvendo deputados e senadores. Se as comissões não prosperarem, os governistas prometem retomar as tratativas para convidar Graça e Lobão.

Futuro das CPIs será definido semana que vem

Governo e oposição apresentaram pedidos diferentes de CPIs no Senado e no Congresso. A de autoria de oposicionistas pede a investigação apenas da Petrobras, enquanto a do governo busca incluir temas sensíveis ao PSDB e o PSB, como denúncias de cartel no Metrô de São Paulo e as atividades do porto de Suape, em Pernambuco.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) contestou o pedido da oposição, alegando que há fatos desconexos no pedido de investigação. Se a CCJ aceitar o argumento, a CPI do governo deve ficar prejudicada também, por ter o escopo de investigação mais amplo. O líder do PSDB, Aloysio Nunes (SP) também questionou o pedido do governo.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), entendeu que a CPI pode ser ampla, mas encaminhou a decisão para a CCJ do Senado. O presidente do colegiado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse ter escolhido o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para a relatoria das questões de ordem, mas o congressista não havia respondido ao convite até o início da noite.

Fonte: Terra
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