PL faz força-tarefa para atrair partidos do Centrão para a defesa de Bolsonaro
Ideia é convencer siglas a desembarcarem do governo Lula e sondar força que oposição tem para pressionar a aprovação de alguma proposta que favoreça o ex-presidente
BRASÍLIA - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, iniciou uma força-tarefa nesta terça-feira, 5, e conversa com presidentes de partidos do Centrão para saber qual força a oposição tem, de fato, para paralisar os trabalhos no Congresso Nacional, minar o governo e aprovar alguma proposta que favoreça o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar desde esta segunda-feira, 4.
Valdemar já conversou com os presidentes do União Brasil, Antônio Rueda, e do Progressistas, Ciro Nogueira, para discutir o tema. A sigla ainda tenta conversa com os chefes do Republicanos, Marcos Pereira, e do PSD, Gilberto Kassab.
União, PP, Republicanos e PSD têm oito ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, somados, são donos de 199 cadeiras na Câmara e 36 no Senado.
"A ideia é saber se somos 130 deputados e 20 senadores", disse o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ). "Vamos organizar as coisas para saber o tamanho que a gente vai formar."
Mais cedo, a oposição anunciou um "pacote de paz" para "abrandar" a relação entre os Três Poderes.
Compõem o pacote uma anistia "ampla, geral e irrestrita" aos envolvidos no 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição (PEC) do fim do foro privilegiado.
Enquanto esse pacote não avançar, segundo deputados e senadores, a ideia é barrar os trabalhos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Em tom de ameaça, congressistas disseram que vão ocupar as Mesas Diretoras das duas Casas para não votar nenhuma proposta em plenário.
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