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Política

PF investiga esquema que teria desviado R$ 15 mi na Saúde

Operação Descalabro apura suposto esquema em emendas parlamentares no Maranhão

9 dez 2020 - 15h56
(atualizado às 15h59)
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta, 9, a Operação Descalabro para apurar um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares destinadas à Saúde do Maranhão, com direcionamento de licitações. Entre os alvos da ação está o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL).

A corporação estima que as fraudes, que teriam ocorrido de abril a dezembro, podem ter gerado prejuízo de R$ 15 milhões.

Viatura da Polícia Federal
Viatura da Polícia Federal
Foto: Reuters

Quase 100 agentes cumprem 27 mandados de busca e apreensão em São Luís e no interior do Maranhão. As ordens foram expedidas pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que determinou ainda o bloqueio de mais de R$ 6 milhões em patrimônio do parlamentar federal, entre outras medidas diversas da prisão.

Segundo as investigações, o deputado destinou as emendas, no montante R$ 15 milhões, para os municípios do interior do Estado do Maranhão, seu reduto eleitoral.

"Os Fundos Municipais de Saúde, ao receberam os recursos, firmaram contratos fictícios com empresas 'de fachada', pertencentes ao Deputado, que estão em nome de interpostas pessoas, desviando, assim, o dinheiro público. Posteriormente essas empresas efetuaram saques em espécie e o dinheiro era entregue ao Deputado, no seu escritório regional parlamentar em São Luís", explicou a corporação em nota.

A PF diz ainda que as investigações, que tiveram início há quatro meses, não só constataram os desvios, como também acompanharam os saques e realizaram o registro de áudio e vídeo da distribuição dos valores no escritório regional do parlamentar.

"O nome da operação foi dado em razão do prejuízo pesado causado aos cofres públicos em plena época de pandemia", indicou a corporação.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com o gabinete de Josimar Maranhãozinho. O espaço está aberto para manifestações.

Estadão
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