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Política

"Nada de anormal", rebate Bolsonaro sobre críticas a atos

Presidente afirmou que manifestações convocadas para domingo a favor do governo são um movimento espontâneo

23 mai 2019 - 08h14
(atualizado às 09h15)
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite de quarta-feira que as manifestações convocadas para domingo a favor do governo são um movimento espontâneo cuja pauta "não tem nada de anormal", mas reiterou que não irá comparecer aos atos.

"É um movimento espontâneo, eu respeito a soberania popular. Eles têm uma pauta definida e essa pauta não tem nada de anormal, é um direito da população de se manifestar", disse Bolsonaro a repórteres após participar de cerimônia na embaixada de Israel.

Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, em Brasília
21/05/2019
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, em Brasília 21/05/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Os atos de domingo foram chamados por apoiadores de Bolsonaro para se contrapor às manifestações do último dia 15 contra bloqueio nos recursos para a Educação, no que acabou se tornando um ato contra o governo. O presidente inicialmente considerou comparecer, mas depois desistiu.

Perguntado se havia orientado ministros a também não comparecerem, Bolsonaro afirmou: "Todo mundo é maior de idade e sabe o que faz. Eu não comparecerei".

As divergência no PSL

Os filhos do presidente, especialmente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, têm defendido as manifestações. Mas o ato, que surgiu de grupos de apoiadores nas redes sociais, tem causado divergência dentro do próprio partido de Bolsonaro, o PSL.

O presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que não vê sentido nas manifestações, mesmo achando que qualquer ato popular é "válido". A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), disse não ser contra, mas defendeu que parlamentares não devem participar, enquanto o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), disse que estará na Avenida Paulista, no domingo, "como cidadão".

A grande polêmica em torno da manifestação está no fato de as primeiras convocações terem centrado fogo no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive falando em fechamento das duas instituições.

O tom belicoso afastou movimentos e dividiu a direita, a ponto de grupos tradicionais em outros atos, como o MBL e o Vem para Rua, terem avisado que não irão participar.

Os defensores do ato têm tentado amainar o tom do protesto, que deve agora focar na defesa do governo e da reforma da Previdência, e centrar fogo no chamado centrão, grupo do Congresso apontado como o vilão que tem impedido o governo de avançar.

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