'Não terei medo de receber políticos', afirma Dino, caso seja aprovado ao STF
Além do atual ministro da Justiça, também é sabatinado o subprocurador Paulo Gonet, indicado por Lula para chefiar a PGR
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O ministro da Justiça, Flávio Dino, realizou um discurso preliminar antes do início da sabatina com os senadores na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Ele enfatizou que não pretende abordar questões políticas com os presentes. "Não vim aqui fazer debate político, não me cabe", disse.
Dino comentou sobre o seu tempo à frente do Ministério da Justiça, mencionando que recebeu a visita de 425 parlamentares em seu gabinete desde o início do ano, de diversas siglas partidárias. Assegurou, ainda, que continuará com essa prática, caso seja aprovado como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Neste ano, recebi no Ministério da Justiça 425 políticos, de todos os partidos representados nesta Casa. E ninguém foi mal recebido ou deixou de ser ouvido. Esse acesso, pra quem tem firmeza, pode e estará presente na minha atuação no Supremo Tribunal Federal. Não terei nenhum medo ou preconceito de receber políticos", disse Dino.
Em outro trecho, ele reiterou seu compromisso com a harmonia entre os poderes. "Controvérsias não podem ser paralisantes do funcionamento das instituições", afirmou.
O ministro também destacou a longa tradição de políticos que "tiveram a honra de ocupar o Supremo Tribunal Federal", afirmando sentir-se "muito confortável" por estar nessa "dupla condição" para ser avaliado.
"Tenho um compromisso indeclinável com a harmonia entre os poderes. É nosso dever fazer com que a independência seja preservada, mas sobretudo a harmonia. Controvérsias são normais, mas elas não podem ser de qualquer maneira, e não podem ser inibidoras dos bons funcionamentos das instituições", comentou.
