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Política

Moraes pediu para assessor checar celular de advogado em audiência da trama golpista

Relator pediu para assessor do STF verificar se defensor estava gravando audiência de acareação entre Marcelo Câmara e Mauro Cid; Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo representa o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência

15 ago 2025 - 13h34
(atualizado às 14h41)
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu uma averiguação do celular do advogado Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo, que representa o general Mário Fernandes, réu da trama golpista, durante a audiência de acareação entre os réus Marcelo Câmara e Mauro Cid, ambos ex-ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O caso ocorreu na manhã de quarta-feira, 13.

O ministro pediu para um assessor do STF checar o celular do defensor após suspeitar que Figueiredo estivesse gravando a audiência, violando uma determinação do magistrado. Os relatos do episódio foram obtidos pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmados pelo Estadão. Procurados, Marcus Figueiredo e o ministro Alexandre de Moraes, por meio da assessoria do STF, não comentaram o caso.

Moraes pediu averiguação de celular de defensor do general Mário Fernandes, apontado como autor do plano 'Punhal Verde e Amarelo'
Moraes pediu averiguação de celular de defensor do general Mário Fernandes, apontado como autor do plano 'Punhal Verde e Amarelo'
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Câmara e Cid estiveram frente a frente para esclarecer versões divergentes sobre a "minuta do golpe", o esboço de um documento que anularia o resultado das eleições de 2022, e quanto ao suposto monitoramento de Alexandre de Moraes.

Sobre o segundo ponto, os réus mantiveram suas versões. Câmara negou monitorar o ministro, enquanto Mauro Cid afirmou que desconhecia qualquer participação do colega no plano "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato de autoridades como Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.

No momento em que o relator formalizava os depoimentos dos réus para a ata da audiência, o advogado de Mário Fernandes interveio com uma questão de ordem. O defensor do general pediu que fosse esclarecida a participação de seu cliente na operação "Punhal Verde e Amarelo". Moraes indeferiu o pedido, alegando que o tema não era pertinente à audiência entre Câmara e Cid. O advogado solicitou que a questão de ordem constasse nos autos da audiência. Moraes, novamente, negou o pedido do defensor.

Nesse momento, Marcus Figueiredo se irritou. Em seguida, Moraes pediu a um assessor da Corte que averiguasse o celular do advogado, a fim de checar se a audiência estava sendo gravada. Segundo relatos, o defensor elevou o nível da voz para informar a senha do aparelho. Conforme averiguado, o advogado não estava gravando a reunião.

Em depoimento ao STF, o general Mário Fernandes assumiu a autoria do "Punhal Verde e Amarelo". O ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência alegou que o esboço se tratava de um "pensamento digitalizado" e que, após imprimir o documento, descartou-o.

Câmara e Fernandes são réus do núcleo 2 da trama golpista, grupo que, segundo a PGR, foi responsável por operacionalizar a tentativa de golpe, enquanto Cid é réu do núcleo 1, também chamado de "núcleo crucial".

Estadão
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