Moraes determina reforço de policiamento na residência de Bolsonaro
Decisão acata pedido da Polícia Federal, que requisitou 'reforço urgente e imediato do policiamento ostensivo' no endereço de Bolsonaro
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Alexandre de Moraes determinou reforço no policiamento e monitoramento eletrônico na residência de Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, devido a preocupações da PF com possível pedido de asilo político na Embaixada dos EUA.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Polícia Federal e determinou, nesta terça-feira, 26, um reforço no policiamento ostensivo no entorno da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.
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A medida foi tomada pelo ministro após requisição do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que apontou para a necessidade de 'reforço urgente e imediato do policiamento ostensivo e discreto nas imediações do endereço residencial de Jair Messias Bolsonaro'.
No pedido, subscrito pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), a PF também pede reforço na manutenção e constante checagem do sistema de monitoramento eletrônico -- Bolsonaro usa tornozeleira eletrônica desde 17 de julho --, de forma a 'assegurar a eficácia da medida cautelar'.
A solicitação da agência também foi encaminhada para manifestação da Procuradoria-Geral da República, antes da deliberação de Moraes. Paulo Gonet, por sua vez, concordou com a adoção do reforço na segurança e pediu que as medidas sejam adotadas 'em tempo integral' e com o 'cuidado de que não sejam intrusivas da esfera domiciliar do réu, nem que sejam perturbadoras das suas relações de vizinhança'.
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Na decisão, Moraes expôs que a PF levou em consideração a possibilidade de que Bolsonaro pudesse entrar na Embaixada dos Estados Unidos e, depois, pedir asilo político ao governo de Donald Trump. O prédio da administração dos EUA fica a 10 minutos de distância da casa do ex-presidente, segundo a PF.
Pelo fato de a Embaixada ser considerada uma extensão do território estadunidense, autoridades brasileiras poderiam encontrar dificuldades ou não conseguir cumprir decisões judiciais no local sem autorização do governo dos EUA, caso Bolsonaro lá estivesse.
O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, por decisão de Moraes após o descumprimento de medidas cautelares. No dia 3, o ex-chefe de Estado apareceu em vídeo publicado nas redes sociais do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, durante manifestações bolsonaristas pelo Brasil, e chegou a fazer declarações a apoiadores.
Além da prisão domiciliar, Moraes também determinou o uso de tornozeleira eletrônica --que já é feito pelo ex-presidente desde 17 de julho--, proibição de visitas, com exceção de advogados e pessoas previamente autorizadas pelo STF, e recolhimento de aparelhos celulares.
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