Lula dispensa hotel e se hospeda em residência de embaixador em NY para Assembleia-geral da ONU; veja
A decisão de utilizar a residência diplomática ocorre em um contexto de críticas constantes ao governo sobre os gastos em viagens
Lula optou por se hospedar na residência do embaixador brasileiro nos EUA durante a Assembleia Geral da ONU, em meio a críticas aos custos de viagens internacionais do governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia Geral da ONU e, diferente de outras viagens internacionais, nas quais ficou hospedado em hotéis luxuosos, o petista escolheu a residência oficial do representante permanente do Brasil na ONU, o embaixador Sérgio Danese, como endereço para esses dias.
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A decisão de utilizar a residência diplomática ocorre em um contexto de críticas constantes ao governo sobre os gastos em viagens internacionais. Durante a viagem para NY, em 2024, o governo Lula contou com uma comitiva de 161 pessoas, incluindo oito ministros. Na época, o Itamaraty informou que os gastos foram de cerca de R$ 8 milhões.
Em julho, com a popularidade em baixa, Lula também optou por dispensar hotel e ficar na Embaixada da Argentina durante viagem para a Cúpula do Mercosul.
Em Nova York, o presidente brasileiro está hospedado na residência do embaixador desde domingo, 21. Ele está acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, que chegou antes, na última quarta-feira, 17, para agenda da COP30.
Para a viagem, Lula levou menos políticos e assessores. A Secretaria da Presidência não informou o número, mas a ordem foi a de reduzir ao máximo o número de pessoas pelo receio de que o governo do presidente Donald Trump possa impor algum tipo de constrangimento à comitiva.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por exemplo, desistiu de viajar aos Estados Unidos após receber ordem de restrição de locomoção no país, por parte do governo Donald Trump. Ele havia recebido um visto diplomático para viajar apenas para Nova York, onde fica a sede da ONU, com limitações de viagens domésticas e até mesmo de circulação na Ilha de Manhattan.
Outra baixa na comitiva é Fernando Haddad. O ministro da Fazenda optou por ficar no Brasil para focar nas negociações da pauta econômica com o Congresso Nacional, incluindo o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda.
