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Política

Lula abre reunião com ministros em tom eleitoral e diz que 2026 é o ano da 'hora da verdade'

Presidente diz que seu governo fez muito e povo precisa saber e que ministros terão que escolher um lado

17 dez 2025 - 10h09
(atualizado às 10h56)
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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre nesta quarta-feira, 17, reunião ministerial com discurso eleitoral. O petista declarou que as eleições de 2026 serão a "hora da verdade".

Lula disse que essa ideia precisa ser espalhada para que a população faça sua escolha.

O presidente Lula em reunião com ministros
O presidente Lula em reunião com ministros
Foto: Reprodução via Youtube / Estadão

"O ano eleitoral será o ano da verdade. Temos que criar a ideia da hora da verdade para mostrar quem é quem nesse País, o que aconteceu antes de nós e o que aconteceu quando chegamos ao governo", disse o presidente. "As pessoas terão oportunidade de escolher que tipo de País vão querer", disse.

O presidente também cobrou dos ministros que se posicionem quando chegar o momento da disputa eleitoral.

"O povo ainda não sabe o que aconteceu nesse País. Ano que vem é ano que a gente tem oportunidade não só porque estaremos em disputa e cada ministro vai ter que definir de que lado está. Vai ser inexorável", disse Lula.

O presidente afirmou ainda que ficará "muito feliz" com ministros que precisarem se afastar do cargo para disputar as eleições de 2026. Entre os possíveis nomes está o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que deve deixar a pasta para coordenar a campanha de reeleição de Lula e também é cogitado como candidato ao governo ou ao Senado em São Paulo.

"(O ministro) será obrigado a se afastar para ser candidato, porque o povo do Estado quer que ele seja candidato. É sempre assim: quando você tira um ministro, ele chora", disse o petista. "Quando você não quer tirar, ele quer sair, ele encontra todos os argumentos necessários para sair e joga a responsabilidade em cima do povo. Eu reconheço isso. E eu vou ficar muito feliz que aqueles que tiverem que se afastar, se afastem e, por favor, ganhem o cargo que vão disputar. Não percam."

Na avaliação do presidente, o governo encerra 2025 em uma condição amplamente favorável, ainda que esse desempenho não se reflita com a intensidade esperada nas pesquisas de opinião. Lula atribuiu essa discrepância ao cenário de forte polarização política no País, que, segundo ele, cristaliza posições e reduz a margem de mudança fora de contextos excepcionais.

Para o chefe do Executivo, esse ponto de inflexão ocorrerá nas eleições de 2026, quando o eleitorado terá de escolher o projeto de país que deseja. Nesse contexto, afirmou ser essencial reforçar a narrativa de que o atual governo assumiu um País "desmontado", priorizou a reconstrução e fez da "união" um eixo central de sua atuação.

"Depois, no começo deste ano, a gente começou a falar que estava plantando e que este ano seria o ano da colheita. Então, nós já anunciamos todas as políticas sociais que a gente tinha que anunciar", salientou Lula.

O petista afirmou ainda que o atual governo reúne integrantes com experiência desde 2003 e avaliou que o País vive um momento praticamente inédito sob a ótica econômica. Segundo o presidente, há avanços expressivos no financiamento por bancos públicos, como BNDES, Caixa e Banco do Brasil, além de crescimento da indústria e da agricultura.

"Bancos públicos há décadas não tinham capacidade de investimento que têm agora."Ele também ressaltou a aprovação de pautas que classificou como estruturantes, citando a política tributária, concluída na Câmara e em tramitação no Senado, e mudanças no Imposto de Renda (IR).

Para Lula, essas conquistas contrariam as "previsões de analistas" que consideravam improvável a aprovação de matérias relevantes em um governo com base parlamentar reduzida, resultado que ele atribuiu à capacidade de diálogo e ao poder de articulação política dos ministros.

"Se há dinheiro na mão do povo, resolve o problema da inflação"

Na abertura da reunião ministerial, o presidente afirmou que problemas como a inflação são resolvidos quando há "dinheiro na mão do povo".

"Não tem macroeconomia, não tem câmbio: se tiver dinheiro na mão do povo, está resolvido o nosso problema. Está resolvido o problema da industrialização, está resolvido o problema do consumo, está resolvido o problema da agricultura, está resolvido o problema da inflação", disse o petista. "Ou seja, eu acho que o que nós vamos demonstrar, como lição ao povo brasileiro, é que, na hora em que a gente consegue fazer com que o dinheiro circule."

Lula ponderou que esse esforço precisa ser intensificado e defendeu a tese de que a ampliação da renda disponível para a população é um dos principais instrumentos para enfrentar os problemas econômicos do País.

Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) destacaram projetos em tramitação no Congresso que devem contribuir positivamente na imagem do governo federal. Eles lembraram da votação da política tributária foi concluída na Câmara dos Deputados e que a matéria segue para análise do Senado, com expectativa de aprovação, e a assinatura na véspera de uma medida provisória (MP) destinada a reduzir os juros, com o objetivo de estimular o crédito e impulsionar a retomada da indústria de caminhões no País.

Estadão
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