Levy minimiza atraso de pagamento de dívida do RS à União
O não pagamento da dívida acarreta uma série de consequências, como a suspensão de repasses federais
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, minimizou o anúncio do atraso do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União feito pelo governador do Estado, José Ivo Sartori (PMDB), nesta sexta-feira. Para Levy, o chefe do Executivo gaúcho está fazendo um "esforço extraordinário" para resolver o problema da dívida.
"Vamos aguardar os momentos. Eu tenho certeza que o governador do Rio Grande do Sul está fazendo todos os esforços para equacionar uma situação financeiramente, fiscalmente. É muito difícil, que já vem de muito tempo", disse o ministro.
Questionado se a decisão preocupava o governo, Levy pediu calma. "Calma, gente. Por enquanto não aconteceu nada. Não vamos nos precipitar. Eu sei que ele está fazendo um esforço extraordinário".
O governador anunciou que vai atrasar o pagamento da parcela de abril da dívida com a União, no valor de R$ 280 milhões. Ele classificou a medida como “extrema”, mas disse que foi “a única maneira” de, neste mês, manter em dia o pagamento da folha do funcionalismo estadual.
Sartori rechaçou a possibilidade de que esteja promovendo um novo calote (além daquele já em vigor com parte dos fornecedores, prefeituras e hospitais filantrópicos) ou uma moratória.
O não pagamento da dívida acarreta uma série de consequências. Entre elas, a suspensão de repasses federais, como os referentes aos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Entre janeiro e este final de abril, o RS recebeu, somente em repasses do FPE, um montante de R$ 600 milhões.
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