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Partidos de esquerda apontam "perseguição" em prisão de Lula

16 abr 2018 - 15h02
(atualizado às 15h35)
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Lula deixa sindicato em São Bernardo do Campo para se entregar à polícia
 7/4/2018   REUTERS/Leonardo Benassatto
Lula deixa sindicato em São Bernardo do Campo para se entregar à polícia 7/4/2018 REUTERS/Leonardo Benassatto
Foto: Reuters

Partidos de esquerda assinam nota de repúdio divulgada nesta segunda-feira contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O ex-presidente entregou-se à Polícia Federal no dia 7 de abril para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, em São Paulo. 

"O encarceramento apressado e injustificado do ex-presidente Lula, contra o qual não há uma única prova minimamente sólida de culpa, agrava sobremaneira o perigoso e crescente clima de ódio e de instabilidade política que tomou conta do país", diz a nota, assinada pelo PT, pelo PDT, pelo PSOL e pelo PCdoB. 

O documento argumenta que a prisão de Lula carece de fundamentos jurídicos, configura "ato de perseguição política", e lembra que o petista lidera as pesquisas de intenção de voto nos cenários em que é considerado. 

"Assim sendo, a prisão de ex-presidente pode ser interpretada como uma decisão casuística, politicamente motivada, que cria insuportável insegurança jurídica no Brasil", diz a nota.

Os outros três partidos que assinam a nota além do PT têm pré-candidatos à Presidência da República: Ciro Gomes, pelo PDT, Manuela D'Ávila, pelo PCdoB, e Guilherme Boulos, pelo PSOL.

Pesquisa DataFolha divulgada no fim de semana aponta que Lula segue na liderança, mas seu apoio diminuiu, se comparado ao patamar averiguado pelo mesmo instituto em janeiro. 

No melhor cenário agora, ele tem 31% das intenções de voto, enquanto no final de janeiro seu melhor desempenho era de 37%. O Datafolha ressalta, porém, que, como houve mudanças de pré-candidatos, não é possível fazer uma comparação direta entre as duas pesquisas.

Com Lula como candidato, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) segue isolado em segundo lugar. Mas sem o petista, a ex-senadora Marina Silva (Rede) cresce e encosta no deputado, configurando empate técnico —Bolsonaro aparece com 17% e Marina chega até 16%.

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