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Lava Jato

Moro aceita denúncia e torna Bendine réu na Lava Jato

24 ago 2017 - 15h37
(atualizado às 15h42)
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O juiz Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira denúncia contra o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine, tornando-o réu em processo ligado à operação Lava Jato, de acordo com despacho do magistrado.

Bendine é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber, quando presidia a Petrobras, 3 milhões de reais em propinas pagas pela Odebrecht.

Ele teria solicitado os recursos quando ainda presidia o Banco do Brasil, em função de uma operação de crédito que favoreceu a Odebrecht Ambiental, mas a empreiteira decidiu pagar a propina, de acordo com a denúncia, quando Bendine assumiu o comando da estatal petroleira.

"Alega o MPF que Aldemir Bendine, por conta da vantagem

Bendine é acusado de receber, quando presidia a Petrobras, 3 milhões de reais em propinas pagas pela Odebrecht.
Bendine é acusado de receber, quando presidia a Petrobras, 3 milhões de reais em propinas pagas pela Odebrecht.
Foto: Reuters

indevida, 'deu início a movimentações internas na Petrobrás com o intuito de favorecer o grupo empresarial Odebrecht', apontando mensagens eletrônicas nesse sentido. Os fatos configurariam crime de corrupção ativa e passiva", disse Moro em seu despacho.

Para Moro, "há, em cognição sumária, elementos probatórios suficientes de autoria e de materialidade" na denúncia, o que levou o magistrado a aceitar a acusação do Ministério Público.

O ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht também tornou-se réu na mesma ação penal.

Bendine, que está preso pela Polícia Federal desde o fim de julho, foi presidente-executivo da Petrobras de fevereiro de 2015 a maio de 2016, tendo sido indicado para o cargo pela então presidente da República, Dilma Rousseff, após a deflagração da Lava Jato.

Quando da apresentação da denúncia pelo MPF na última terça-feira, a defesa de Bendine negou que ele tenha cometido irregularidades e afirmou que a atuação do executivo nas duas estatais pautou-se pela legalidade e que não houve benefícios à Odebrecht.

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