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Política

Jair Bolsonaro diz que "imprensa errou tudo"

Presidente evitou comentar a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal

24 abr 2020 - 10h52
(atualizado às 11h57)
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Horas após o Diário Oficial da União (DOU) confirmar a saída de Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro se recusou a comentar a demissão ao deixar o Palácio do Alvorada na manhã desta sexta-feira, 24, e rebateu dizendo que a imprensa "errou tudo" no dia anterior. Ministro da Justiça, Sergio Moro, anunciou a sua saída do governo em entrevista coletiva no final da manhã desta sexta-feira.

Presidente Jair Bolsonaro
16/04/2020
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro 16/04/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Na quinta-feira, após ser avisado pelo presidente que Valeixo seria demitido, Moro disse a diversos interlocutores do governo que avaliaria se seguiria no cargo caso o chefe da PF fosse trocado. Nos bastidores, ministros do Palácio do Planalto passaram a agir para tentar evitar a saída de Moro e encontrar um nome para a Polícia Federal que satisfizesse ambos. No entanto, a situação ficou insustentável para a continuidade do agora ex-ministro após saber da saída do seu homem de confiança pela publicação da exoneração no Diário Oficial. O substituto de Valeixo ainda não foi anunciado.

"Imprensa, vocês erraram tudo no dia de ontem", disse Bolsonaro aos repórteres, após cumprimentar apoiadores.

Em seguida, o presidente usou as redes sociais para falar indiretamente sobre a exoneração de Valeixo. Bolsonaro citou a Lei 13.047, de 2014, que reorganiza a carreira de policiais federais. O chefe do Executivo destacou o artigo da legislação que estabelece que o cargo de diretor-geral da instituição é nomeado pelo presidente da República. Embora seja prerrogativa do presidente, tradicionalmente a escolha é feita pelo ministro da Justiça.

A publicação acompanhava foto do decreto de exoneração de Valeixo com o trecho "EXONERAR, a pedido" destacado em amarelo.

Após a resistência de Moro sobre a demissão de Valeixo ser noticiada pela imprensa, apoiadores do presidente, seguindo uma estratégia do Planalto, passaram a dizer que se tratava de "fake news." Tanto interlocutores de Moro quanto do presidente confirmaram nos bastidores a nova crise.

Na prática, Valeixo já havia tratado com Moro, no início do ano, de sua saída do cargo de diretor-geral da corporação. Homem da confiança do ex-juiz da Lava Jato, o delegado demonstrou exaustão no cargo, reportando-se a um 2019 tenso no comando da PF. O ministro tentava encontrar um nome de sua confiança para o posto antes de a saída ser oficializada, mas foi surpreendido pelo comunicado de Bolsonaro de que a mudança na corporação ocorreria.

Logo de manhã o presidente recebeu no Alvorada o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), além de outros deputados vice-líderes do governo. Durante o dia, agenda de compromissos oficiais de Bolsonaro ainda inclui reuniões com os ministros Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional.

Estadão
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