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Política

Imprensa internacional repercute pedido da PGR para condenar Bolsonaro por tentativa de golpe; veja

Jornais dos Estados Unidos, Espanha e da Argentina repercutiram alegações finais da Procuradoria-Geral da República

15 jul 2025 - 12h16
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A imprensa internacional repercutiu o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus ex-ministros e militares por tentativa de golpe de Estado.

As alegações finais do procurador-geral da República, Paulo Gonet, foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 14, e foram noticiadas por veículos de comunicação de outros países.

Nos Estados Unidos, o jornal The Washington Post publicou, na manhã desta terça-feira, após a apresentação das alegações finais da PGR, a manchete: "Bolsonaro, do Brasil, ecoa Trump ao descrever o julgamento do plano de golpe como uma 'caça às bruxas'". A reportagem destacou o posicionamento político do ex-presidente brasileiro, alinhado ao republicano Donald Trump.

Além do artigo, o jornal norte-americano também publicou, na segunda-feira, antes das alegações finais da PGR, um episódio do podcast diário Post Reports, com o título "Dentro da luta do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro para evitar a prisão". O episódio aborda as dificuldades enfrentadas por Bolsonaro durante o processo.

O jornal argentino Clarín também noticiou o pedido de condenação, com o título "Jair Bolsonaro foi o 'líder' da trama golpista contra Lula da Silva, diz a Procuradoria do Brasil e pede a condenação do ex-presidente".

O Clarín destacou no texto que Gonet vinculou de maneira direta Jair Bolsonaro e os outros sete acusados aos "graves episódios" de 8 de janeiro de 2023, se referindo ao ataque aos Três Poderes, em Brasília.

O blog El HuffPost, versão espanhola do site norte-americano HuffPost, noticiou o caso com a manchete "A Procuradoria brasileira pede a condenação de Bolsonaro e de sete de seus antigos colaboradores pela conspiração golpista contra Lula".

O texto destacou que Gonet afirma que há "um amplo conjunto de provas", que inclui manuscritos, arquivos digitais, troca de mensagens e planilhas, que revelam "a trama conspiratória contra as instituições democráticas".

O parecer da PGR

As alegações do PGR foram entregues à Primeira Turma do STF. Segundo Paulo Gonet, Bolsonaro e seu candidato a vice-presidente, general Braga Netto, em 2022, eram líderes de organização criminosa "baseada em projeto autoritário de poder" e "com forte influência de setores militares".

A manifestação pede a condenação de todos os integrantes do que Gonet classifica de "núcleo crucial do golpe":

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.

A acusação sustenta que a organização supostamente liderada por Jair Bolsonaro "aceitou, estimulou e realizou" um atentado contra o estado democrático de direito. Os crimes atribuídos a Bolsonaro e a seus aliados são:

  • tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito (pena de 4 a 8 anos);
  • golpe de estado (pena de 4 a 12 anos);
  • organização criminosa armada (pena de 3 a 8 anos que pode ser aumentada para 17 anos com agravantes citados na denúncia);
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima (pena de 6 meses a 3 anos);
  • deterioração de patrimônio tombado (pena de 1 a 3 anos).
Estadão
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