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Política

Dilma rechaça comparação de embaixada brasileira com DOI-Codi

Presidente rebateu afirmação de diplomata responsável por transferência de senador boliviano, que criticou condições em embaixada

27 ago 2013 - 13h24
(atualizado às 14h27)
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Dilma foi recepcionada por parlamentares durante sessão solene no Congresso
Dilma foi recepcionada por parlamentares durante sessão solene no Congresso
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Um dia após a queda do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, provocado pelo desgaste da transferência do senador boliviano Roger Pinto da embaixada brasileira em La Paz para o Brasil, a presidente Dilma Rousseff deixou claro que o que a irritou foi o fato de a vida de um asilado político ter sido colocada em risco. Dilma rechaçou a comparação feita pelo encarregado de negócios da embaixada de La Paz, na Bolívia, Eduardo Saboia, de que se sentia como se estivesse no DOI-Codi, no período em que deu abrigo ao senador boliviano - argumento que o teria motivado a colocar o plano de transferência em prática.

"Eu estive no DOI-Codi. Eu sei o que é o DOI-Codi. E asseguro a vocês: é tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira lá em La Paz como é distante o céu do inferno. Literalmente isso", afirmou, a presidente, que foi presa política por três anos no início dos anos 1970.

"A embaixada do Brasil é extremamente confortável. Nós negociamos em vários momentos o salvo-conduto e não conseguimos. Lamento profundamente que um asilado brasileiro tenha sidosubmetido à insegurança a que ele foi", disse, em outro momento.

Líder do partido de oposição Convergência Nacional, Molina é denunciado em pelo menos 20 processos por desacato, venda de bens do Estado e corrupção. Há 15 meses, ele refugiou-se na embaixada brasileira em La Paz, alegando ser perseguido político, depois de fazer denúncias de corrupção contra o governo Evo Morales. O governo brasileiro lhe concedeu asilo político em maio de 2012, mas, para sair do país, o senador precisaria de um salvo-conduto (autorização) - que o governo boliviano negou. Neste final de semana, ele saiu de seu país com a ajuda de Saboia.

A falta desse salvo-conduto irritou a presidente, porque, para ela, isso representou risco a vida do diplomata e do senador. "O Brasil não poderia colocar em risco a vida de uma pessoa que estava sob a sua guarda", afirmou Dilma. "Um Estado democrático e civilizado, a primeira coisa que faz é proteger a vida sem qualquer outra consideração. Protegemos a vida e a segurança e garantimos conforto ao asilado", criticou. "Se nada aconteceu, não é a questão. Poderia ter acontecido."

A presidente afirmou também que o ministro da Defesa, Celso Amorim, ainda vai prestar esclarecimentos públicos nesta terça-feira sobre a participação de dois fuzileiros navais na escolta de Roger Pinto na viagem dentro do território boliviano. Pinto viajou 22 horas entre La Paz e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, em um automóvel da embaixada brasileira, escoltado por fuzileiros navais do Brasil. Mas como o Saboia era a autoridade máxima na embaixada da Bolívia, ele poderia dar ordens aos militares alocados na representação diplomática.

O Palácio do Planalto divulgou no dia 26 de agosto de 2013 que aceitou o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores (Itamaraty), Antonio Patriota (esq). Desgastado pela crise diplomática desencadeada pela fuga de um senador boliviano ao Brasil, Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil junto à ONU
O Palácio do Planalto divulgou no dia 26 de agosto de 2013 que aceitou o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores (Itamaraty), Antonio Patriota (esq). Desgastado pela crise diplomática desencadeada pela fuga de um senador boliviano ao Brasil, Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil junto à ONU
Foto: Terra

Fonte: Terra
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