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Política

Celso de Mello quer ouvir PGR sobre depoimento de Bolsonaro

O Ministro do STF Celso de Mello determinou que o procurador-geral, Augusto Aras, seja ouvido sobre o pedido da Polícia Federal

26 jun 2020 - 19h42
(atualizado às 19h50)
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 Celso de Mello pede opinião da PGR sobre pedido da PF para ouvir Bolsonaro em inquérito sobre suposta interferência
Celso de Mello pede opinião da PGR sobre pedido da PF para ouvir Bolsonaro em inquérito sobre suposta interferência
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, seja ouvido sobre pedido da Polícia Federal para tomar o depoimento do presidente Jair Bolsonaro como uma das últimas diligências a serem cumpridas no inquérito que investiga suposta interferência do chefe do Executivo na instituição.

Em despacho datado de terça-feira e divulgado nesta sexta-feira, o decano do STF determina: "Ouça-se o eminente senhor procurador-geral da República sobre o expediente encaminhado pela excelentíssima senhora chefe do Serviço de Inquéritos da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, dra. Christiane Correa Machado".

No ofício encaminhado a Celso de Mello, relator do inquérito, a delegada da PF informou que as investigações se encontram em estágio avançado e argumentou que, por isso, torna-se necessária "nos próximos dias" oitiva do presidente da República.

O inquérito foi aberto no STF no fim de abril, após denúncia do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, e apura suposta interferência de Bolsonaro na PF.

O ponto alto das investigações foi atingido com a divulgação de vídeo de reunião ministerial no dia 22 de abril, na qual, segundo Moro, houve pressão por troca na PF e o então ministro teria sido ameaçado de demissão por Bolsonaro. O presidente nega as acusações e disse que se referia à sua segurança pessoal.

Bolsonaro, que criticou o relator do caso no STF, já pediu publicamente o arquivamento do inquérito. Caberá ao procurador-geral da República decidir se denuncia Bolsonaro ao final das investigações ou se arquiva o caso.

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