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Política

Casa Branca confirma encontro entre Dilma e Obama à margem do G20

5 set 2013 - 17h04
(atualizado às 17h29)
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Dilma chega ao jantar oficial do G20, em São Petersburgo, na Rússia, depois de se reunir a sós com o presidente americano, Barack Obama
Dilma chega ao jantar oficial do G20, em São Petersburgo, na Rússia, depois de se reunir a sós com o presidente americano, Barack Obama
Foto: AP

O presidente americano, Barack Obama, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, se reuniram nesta quinta-feira à noite em um encontro paralelo à cúpula de chefes de Estado do G20, informou a Casa Branca.

"O presidente se reuniu com a presidente Rousseff entre a primeira reunião plenária do G20 e o jantar" de trabalho, acrescentou a Casa Branca.

Barack Obama chega ao jantar oficial do G20, em São Petersburgo, na Rússia, depois de se reunir a sós com a presidente Dilma Rousseff
Barack Obama chega ao jantar oficial do G20, em São Petersburgo, na Rússia, depois de se reunir a sós com a presidente Dilma Rousseff
Foto: AP

Depois dessa primeira reunião do G20, ambos os governantes chegaram separadamente ao Palácio de Peterhof, local do jantar, cerca de vinte minutos depois do restante dos chefes de Estado e de governo. Obama caminhava sozinho por volta das 17h50 (14h50 de Brasília) pela avenida que leva ao palácio de Peterhof. Pouco antes, era a vez de Dilma passar pelo local, também atrasada em comparação com os demais.

As relações entre Brasil e Estados Unidos foram afetadas pelas recentes revelações da imprensa, segundo as quais a presidente brasileira foi alvo de espionagem. Brasília pediu a Washington uma explicação formal por escrito dessas denúncias. Dilma adiou a viagem que uma comitiva deveria fazer neste sábado aos EUA para preparar sua visita de Estado a Washington, no dia 23 de outubro.

Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.

Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.

Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.

O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.

Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.

Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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