Bolsonaro se reúne com aliados para traçar estratégia após denúncia
Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou 34 pessoas por arquitetar uma trama golpista; defesa do ex-presidente chamou denúncia de 'inepta', 'precária' e 'incoerente'
BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa na manhã desta quarta-feira, 19, de uma reunião em Brasília com parlamentares da oposição para traçar estratégias de ação após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusou 34 pessoas por arquitetar uma trama golpista.
O encontro foi organizado na casa do líder da oposição na Câmara, deputado federal Zucco (PL-RS), em Brasília. A expectativa é de que até 30 parlamentares participem do encontro.
Durante a reunião, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o fim do sigilo da delação premiada do ex-chefe de ordens de Bolsonaro, tenente coronel Mauro Cid.
A estratégia dos aliados de Bolsonaro neste primeiro momento é de contestar a denúncia sob alegações de que as provas reunidas pela Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente são frágeis.
Os parlamentares também apostam em uma retórica de que a denúncia inflama o País. O ex-ministro Gilson Machado citou, por exemplo, as declarações do ministro da Defesa, José Múcio, de que Bolsonaro teria colaborado com a transição de governo em 2022.
Em nota divulgada na noite desta terça-feira, 18, a defesa de Jair Bolsonaro rebateu a denúncia da PGR chamando-a de "inepta", "precária" e "incoerente". Os advogados do ex-presidente também alegam que a denúncia é baseada em um acordo de colaboração "fantasioso" do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
O posicionamento de Bolsonaro também afirma que, "a despeito dos quase dois anos de investigações, (...) nenhum elemento que conectasse minimamente o (ex-) presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado".
