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Polícia

RJ: polícia apreende mais de 100 granadas em frente a ferro-velho

9 set 2010 - 04h22
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Uma grande apreensão de granadas de bocal feita na sexta-feira pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), dentro de um caminhão que chegava a ferro-velho em Campo Grande, mostrou falhas no sistema de controle de material bélico de uso exclusivo das Forças Armadas. Embora o carregamento tivesse sido vendido pelo Exército em leilão como sucata de alumínio, havia peças em condições de uso.

Arrematada em maio por R$ 2.720, a 1,6 tonelada de material foi descoberta durante ronda de fiscalização a ferros-velhos na Estrada do Mendanha. Em frente ao galpão da Cipame (Comércio e Indústrias de Papéis e Metais Ltda), os agentes flagraram um caminhão da Cirtel Metais - Comércio de Metais Ltda com os explosivos. No veículo havia mais de 100 granadas de bocal semi-intactas, usadas para acoplar em fuzis FAL 7.62, e detonadores de morteiro.

"Se é sucata, não pode ser comercializado dessa maneira. Uma pessoa com conhecimento desse tipo de artefato remonta como bomba ou, no mínimo, utiliza para causar pânico num cidadão de bem", afirmou o delegado Márcio Mendonça.

Na quarta-feira, o Exército enviou um especialista ao Esquadrão Antibombas da Polícia Civil para apurar a procedência do material. Em nota, o Comando Militar do Leste frisou que não havia risco: "O material estava sendo transportado para ser derretido pela empresa. Todo material tem seu explosivo retirado e passa por um processo que impede sua utilização. O material é inerte, não apresentando qualquer perigo para a população".

Risco de ir parar em mãos erradas

Um capitão do Exército responsável pelo processo de licitação 004/2010, cujo vencedor foi a Cirtel, apresentou toda a documentação à polícia. Porém, a DRFA não devolveu o material à empresa. "Vamos analisar a procedência. Não tem cabimento transportar isso sem o material estar destruído. Seria um risco se caísse mãos erradas", disse o delegado.

Na mesma licitação, de acordo com o Comando Militar do Leste, foram vendidas ainda 9,9 toneladas de plástico, 4,2 toneladas de chumbo e 20 toneladas de latão limpo, totalizando uma arrecadação de R$ 112,9 mil.

Fonte: O Dia
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