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Polícia

Rio: polícia prende braço direito do traficante Nem no Vidigal

25 nov 2011 - 10h06
(atualizado às 10h35)
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro apresentará na manhã desta sexta-feira o traficante Robson Silva Alves Porto, o 99. Ele é apontado como sendo o braço direito do traficante Nem, que comandava o tráfico na favela da Rocinha e no Vidigal, onde 99 era gerente.

Ocupação da Rocinha O chefe do tráfico da comunidade, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi preso no dia 10 de novembro de 2011 por agentes do Batalhão de Choque da PM, na Lagoa, próximo ao Clube Piraque, junto com dois comparsas. De acordo com os agentes, os homens tentaram oferecer dinheiro para que o chefe fosse libertado. Nem teria tentado fugir da Rocinha dentro de um porta-malas
Ocupação da Rocinha O chefe do tráfico da comunidade, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi preso no dia 10 de novembro de 2011 por agentes do Batalhão de Choque da PM, na Lagoa, próximo ao Clube Piraque, junto com dois comparsas. De acordo com os agentes, os homens tentaram oferecer dinheiro para que o chefe fosse libertado. Nem teria tentado fugir da Rocinha dentro de um porta-malas
Foto: AP

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De acordo com a polícia, Robson Porto foi preso na manhã de quinta-feira em uma casa em Realengo, perto da favela Vintém. Conforme a investigação, o traficante tinha planos de fugir do local. O preso será apresentado às 11h na chefia da Polícia Civil no Rio.

Nem e a tomada da Rocinha
O chefe do tráfico da favela da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi preso pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar no início da madrugada de 10 de novembro. Um dos líderes mais importantes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), ele estava escondido no porta-malas de um carro parado em uma blitz por estar com a suspensão baixa, em uma das saídas da maior favela da América Latina -, que havia sido cercada por policiais na noite do dia 8 de novembro.

Desde o dia anterior, a polícia já investigava denúncias de um possível plano para retirar o traficante da Rocinha. Além de Nem, três homens estavam no carro. Um se identificou como cônsul do Congo, o outro como funcionário do cônsul, e um terceiro como advogado - a embaixada da República do Congo, entretanto, informou não ter consulados no Rio. Os PMs pediram para revistar o carro, mas o trio se negou, alegando imunidade diplomática. Os agentes decidiram, então, escoltar o veículo até a sede da Polícia Federal. No caminho, porém, os ocupantes pediram para parar o carro e ofereceram R$ 1 milhão para serem liberados. Neste momento, os PMs abriram o porta-malas e encontraram Nem, que se escondia com R$ 59,9 mil e 50,5 mil euros em dinheiro.

Nem estava no comando do tráfico da Rocinha e do Vidigal, em São Conrado, junto de João Rafael da Silva, o Joca, desde outubro de 2005, quando substituiu o traficante Bem-te-vi, que foi morto. Com 35 anos, dez de crime e cinco como o chefe das bocas de fumo mais rentáveis da cidade, ele tinha nove mandados de prisão por tráfico de drogas, homicídio e lavagem de dinheiro. Nem possuía um arsenal de pelo menos 150 fuzis, adquiridos por meio da venda de maconha, cocaína e ecstasy, sendo a última a única droga consumida por ele. Com isso, movimentaria cerca de R$ 3 milhões por mês, graças à existência de refinarias de cocaína dentro da favela.

O fim do domínio de Nem na Rocinha foi o último obstáculo à entrada das forças de segurança na favela para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Na madrugada do dia 13 de novembro, agentes das polícias Civil, Militar e Federal, além de homens das Forças Armadas, iniciaram a ocupação do local escoltados por um forte aparato. No entanto, os traficantes já haviam deixado a comunidade, e a operação foi concluída sem qualquer confronto.

Fonte: Terra
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