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Polícia

Rio: juíza foi executada com 21 tiros, diz delegado

12 ago 2011 - 16h42
(atualizado às 17h02)
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A delegada Patrícia Acioli, assassinada na noite de quinta-feira na região oceânica de Niterói, foi atingida por 21 tiros, a maioria na cabeça e no tórax, de acordo com declaração do delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore.

Carro da juíza assassinada passa por perícia no Rio
Carro da juíza assassinada passa por perícia no Rio
Foto: Mauro Pimentel / Futura Press

"Ela foi executada em uma emboscada", disse Ettore. O delegado também afirmou que a hipótese de crime passional já está praticamente descartada. Companheiro de Patrícia, o policial militar Marcelo Poubel, prestou depoimento durante mais de seis horas na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. De acordo com os policiais, até o momento, mais de dez pessoas foram ouvidas, entre familiares e vizinhos.

Segundo o primo da juíza, ela era considerada "linha dura". "Ela era considerada 'martelo pesado', como se chama. Sempre com condenações em pena máxima. Ela condenou gente ligada a máfia do óleo, máfia das vans, milícia de São Gonçalo que estava crescendo absurdamente, policiais envolvidos com desvio, corrupção e tráfico de drogas. Há cerca de três quatro anos, ela teve a segurança retirada por ordem do presidente do Tribunal de Justiça do Rio da época", afirmou Nascimento, se referindo ao atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Luiz Sveiter.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Fonte: O Dia
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