Quem é o ex-CEO do Hurb, preso em flagrante por furto de obras de arte em complexo de luxo no RJ
Empresário de 44 anos se autodenominava 'Elon Musk brasileiro'
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João Ricardo Mendes, ex-CEO do Hurb, foi preso por furto de obras de arte em um shopping de luxo no Rio, enfrentando acusações que refletem uma trajetória marcada por polêmicas e controvérsias enquanto liderava a empresa.
João Ricardo Mendes, fundador e ex-CEO do Hurb (antigo Hotel Urbano), foi preso em flagrante nesta sexta-feira, 26, por furtar obras de arte no Rio de Janeiro.
O empresário de 44 anos foi filmado por câmeras de segurança levando esculturas e quadros de um escritório de arquitetura em um shopping de luxo na Barra da Tijuca, no Rio.
O Hurb é uma plataforma de internet especializada na venda de passagens aéreas e hospedagens, e ficou conhecida por seu rápido crescimento e também por polêmicas. Durante sua gestão no Hurb, João Ricardo protagonizou diversos episódios controversos, como xingar e ameaçar clientes em vídeos compartilhados nas redes sociais e em grupos internos da empresa.
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Em 2023, ele renunciou ao cargo de CEO após grande repercussão negativa dos vídeos, nos quais também expôs dados pessoais de clientes. Em outra ocasião, João Ricardo publicou um vídeo debochando das reclamações de clientes, o que agravou ainda mais a crise de imagem da empresa.
Ele se autodenominava o "Elon Musk brasileiro" e, ao deixar o comando do Hurb, reconheceu a necessidade de separar sua vida pessoal da profissional para evitar mais danos. À época da sua saída, o Hurb acumulava mais de 100 mil ações judiciais em todo o país, sendo 12 mil apenas no Rio de Janeiro.
Em 2025, a situação da empresa piorou: o Ministério do Turismo proibiu o Hurb de atuar no mercado e seus sites e redes sociais foram tirados do ar por decisão judicial.
Após o furto desta sexta, João Ricardo foi identificado pela polícia e preso em casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, depois de tentar se esconder no terraço.
Durante a operação, a polícia apreendeu três esculturas de cerâmica e um quadro na residência dele, avaliados em R$ 26 mil, além da moto usada nas ações.
Em depoimento, João Ricardo admitiu os furtos, mas alegou que estava cobrando dívidas, sem conseguir explicar a relação entre as vítimas e suas supostas dívidas.
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