Patrono da Beija-Flor e mais 2 supostos bicheiros ganham habeas
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas-corpus a pelo menos três presos da Operação Dedo de Deus, desencadeada no final do ano passado contra o jogo do bicho em quatro Estados brasileiros. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pelo STJ e, de acordo com a assessoria do órgão, Aniz Abraão David, presidente de honra da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, do Rio de Janeiro, está entre os beneficiados pela liminar.
Luiz Pachedo Drumond, o Luizinho Drumond, patrono da Imperatriz Leopoldinense, e Helinho de Oliveira, presidente da escola de samba Grande Rio, também foram beneficiados por habeas-corpus concedidos pelo ministro Sebastião Reis Júnior.
Helinho teve a ordem de prisão suspensa em 17 de fevereiro. Co-réus no mesmo processo, Aniz e um homem identificado como Yuri Reis Soares, foram beneficiados pela extensão da suspensão, concedida ontem pelo mesmo ministro.
De acordo com o STJ, a decisão, no que diz respeito a Luizinho, ainda pode ser revogada e fundamentou-se na falta de "individualidade de conduta". Ou seja, o ministro entendeu que o processo não especificava os crimes cometidos pelos acusado.
A Operação Dedo de Deus foi desencadeada pela Polícia Civil no dia 15 de dezembro e visava cumprir 60 mandados de prisão e 139 de busca e apreensão.
A polícia chegou a contabilizar R$ 3.914.080,00 apreendidos em uma mansão na Barra, zona norte do Rio de Janeiro, apontada como residência de Helinho. O imóvel, segundo a corporação, pertence ao tio do presidente da Grande Rio. Parte das notas foi encontrada no telhado, sótão e dentro dos vasos sanitários da casa.