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Polícia

O que se sabe sobre caso de bebê desaparecida após suposto sequestro em Alagoas

De acordo com a Polícia Civil, a mãe da menina apresentou cinco versões diferentes

15 abr 2025 - 12h33
(atualizado às 12h43)
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Resumo
A Polícia Civil de Alagoas investiga o desaparecimento de uma bebê, Ana Beatriz, marcada por versões contraditórias da mãe e ausência de testemunhas, dificultando a apuração dos fatos e a localização da criança.
Ana Beatriz está desaparecida desde sexta-feira, 11
Ana Beatriz está desaparecida desde sexta-feira, 11
Foto: Reprodução/Polícia Civil

A Polícia Civil de Alagoas investiga o desaparecimento de uma bebê de 15 dias, que teria sido sequestrada em Novo Lino, na última sexta-feira, 11. Conforme a Polícia Civil, a ausência de testemunhas e o fato da mãe de Ana Beatriz ter apresentado cinco versões diferentes desafiam as autoridades no caso. 

A primeira versão dada à Polícia foi de que o sequestro ocorreu durante a manhã, em um trecho da rodovia BR-101, no Povoado Novo Eusébio, quando a mãe estava em um ponto de ônibus à espera do transporte para levar o outro filho, de 5 anos, para a escola. Um veículo teria se aproximado um dos homens apontou uma arma para ela. 

Em seguida, tomou o bebê dos braços da mulher e o carro fugiu em direção ao Estado de Pernambuco. Ela teria relatado ainda que entre os criminosos, estava um homem moreno, com uma tatuagem no peito, e uma mulher de cabelos loiros. 

Há também a versão de que o sequestro ocorreu por ocupantes de um carro preto, modelo Classic, enquanto ela estava a caminho da casa da sogra. No entanto, testemunhas que estavam no local negaram a presença do veículo e disseram ainda que viram a mãe sair de casa e ir à casa de uma vizinha sem a filha.

Ao ser confrontada, ela mudou mais uma vez o depoimento, dizendo que os suspeitos estavam a pé, depois armados com faca, depois desarmados. Após outras três versões, a Polícia Civil considera a última, conforme o delegado Igor Diego informou em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 14. 

A mãe teria dito que dois homens encapuzados, usando luvas e casacos, invadiram sua casa durante a madrugada, depois que deixou, supostamente, a porta aberta. A dupla abusou sexualmente dela, sem conjunção carnal, e, em seguida, levou o bebê. Mas vizinhos negaram ter ouvido qualquer barulho ou pedido de socorro durante a madrugada, o que, segundo a polícia, levanta ainda mais dúvidas sobre a veracidade do relato da mãe.

Inconsistências

Ainda segundo o delegado, as autoridades encontraram inconsistências relevantes nos relatos, pois nenhuma testemunha, entre familiares e vizinhos, revelou ter visto Ana Beatriz desde a noite de quinta, 10, antes do suposto sequestro. Eles também não escutaram choro ou  sinais da presença da recém-nascida durante a madrugada ou manhã de sexta. 

A investigação aponta ainda que a mãe buscou ajuda para lidar com as fortes cólicas do bebê. “Ela relatava que Ana Beatriz estava com a barriga inchada e bastante irritada. Chegou a pedir indicações de medicamentos e sugestões de troca de leite. Contudo, após isso, não houve qualquer atualização para essas pessoas sobre uma melhora no quadro da criança”, afirmou Igor, conforme nota da Polícia Civil. 

“Ela apresentou cinco versões diferentes. E durante esses dias, gastamos toda a energia da Polícia Militar e da Polícia Civil para verificar cada uma das versões. Quando mostramos que não batiam com os fatos, ela inventava uma nova versão. E não tínhamos como descartar nenhuma até então”, completou.

Buscas continuam

A Polícia também informou que o canil do Corpo de Bombeiros realizou novas buscas na residência da família e imediações, tentando identificar qualquer indício que pudesse levar à localização da criança. Porém, a operação foi interrompida porque uma das cadelas se feriu ao pisar em um caco de vidro. 

“Fizemos uma busca minuciosa, especialmente em áreas de mata e de difícil acesso próximas à casa. A intenção é detectar qualquer pista que possa ser útil na investigação. Mas, por segurança e bem-estar dos nossos animais, decidimos encerrar temporariamente a ação quando uma das nossas cadelas se machucou. Vamos retomar assim que ela estiver apta, ou com outra equipe”, declarou o tenente do Corpo de Bombeiros, Ascânio, durante a coletiva. 

Igor Diego reforçou que a Segurança Pública do estado trata o caso com máxima prioridade, com auxílio da Polícia Militar, Bombeiros e da Perícia Oficial, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da prefeita de Novo Lino, Marcela Gomes de Barros

“As investigações continuam e novas diligências estão sendo planejadas e executadas com o máximo de empenho. A prioridade da Segurança Pública é encontrar a pequena Ana Beatriz o quanto antes. Reforçamos que qualquer informação pode ser fundamental para o caso e deve ser repassada pelo 181, com garantia total de sigilo”, finalizou.

Fonte: Redação Terra
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