Líder do governo questiona MP por multa bilionária à Chevron
15 dez2011 - 13h26
(atualizado às 13h29)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), questionou nesta quinta-feira a "razoabilidade" do Ministério Público Federal em Campos dos Goytacazes (RJ), que pediu na quarta-feira indenização de R$ 20 bilhões à empresa Chevron e à sua contratada Transocean pelos danos ambientais causados a partir do derramamento de petróleo no Campo de Frade, em 7 de novembro.
"Você acha natural alguém comprar R$ 20 bilhões de multa? R$ 20 bilhões de multa? Sem estudo, sem nada, (pedem) R$ 20 bilhões? Vocês sabem o que é R$ 20 bilhões? Esse procurador estudou, viu lá o impacto ambiental, viu as coisas? Acho que as pessoas precisam ser razoáveis, ter razoabilidade. Qual é a função do Ministério Público? Achou que não cobrou multa? Achou que não trabalhou direito? Faz uma representação contra. É como a pessoa que bate em um poste e (se define) colocar R$ 1 bilhão (de multa a ela)", opinou o parlamentar.
Em nota, o procurador Eduardo Santos Oliveira havia defendido a penalidade por considerar que as duas empresas não foram capazes de controlar os danos causados pelo vazamento dos cerca de 3 mil barris de petróleo na Bacia de Campos.
Peritos sobrevoaram a Bacia de Campos nesta sexta-feira para avaliar as dimensões do vazamento de óleo no Campo de Frade
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
A mancha se espalhou e perdeu densidade, segundo o Comando de Operações Navais da Marinha
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
Embora mais extensa em área, a mancha segue com o mesmo volume, o que é avaliado como positivo pela Marinha, já que, dissolvido, o óleo teria menor potencial danoso ao meio ambiente
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
Expandida pelos ventos e pela maré, a mancha foi estudada por técnicos da Marinha, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em um sobrevoo nesta sexta-feira
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream, que desde a última quarta-feira trabalha para conter o vazamento no fundo do oceano, a uma profundidade de 1,2 mil m e distante cerca de 120 km da costa
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
De acordo com a ANP, o primeiro estágio da cimentação do poço foi concluído com sucesso. Estima-se que a conclusão dos trabalhos ocorra nos próximos dias
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A Chevron calcula que a mancha de óleo equivale ao volume de 65 barris na superfície, e que o total vazado chega a 650 barris
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
"Esse acidente é a demonstração clara do que significa um dano ambiental num estado produtor de petróleo", alertou o governador do Rio, Sérgio Cabral, na inauguração de fábrica da Nestlé em Três Rios