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Jornal: Petrobras conhecia comitê de refinaria em Pasadena

27 mar 2014 - 08h36
(atualizado às 08h40)
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A presidente da Petrobras, Graça Foster, declarou em entrevista ao jornal O Globo, nesta quarta-feira, que desconhecia o comitê interno da refinaria de Pasadena. Porém, segundo reportagem desta quinta do jornal Folha de S. Paulo, a Petrobras conhece há mais de sete anos o comitê de proprietários, que pode ser facilmente encontrado no início do acordo de acionistas assinado em 2006 pela Petrobras e pela belga Astra, que é sócia da refinaria.

A estatal brasileira e a Astra foram sócias na refinaria de Pasadena entre 2006 e 2008, cada uma com participação de 50%. Mais tarde, a Petrobras foi forçada por contrato a comprar a parte dos belgas, numa operação que elevou o custo da aquisição da refinaria para US$ 1,18 bilhão.

Em sua declaração ao jornal O Globo, Graça Foster disse que, além de não conhecer o comitê, ainda não sabia que o representante da estatal era Paulo Roberto da Costa, ex-diretor da Petrobras que foi preso pela Polícia Federal na semana passada.

Segundo o acordo obtido pela Folha em uma corte da Justiça do Texas, onde fica a refinaria, é prevista a existência "de um comitê de proprietários composto por uma pessoa apontada pela Petrobras America (subsidiária da estatal nos Estados Unidos) e uma pessoa apontada pela Astra".  

De acordo com o presidente da Petrobras America, Renato Bertani, ele não ocupou a posição e não indicou ninguém. Segundo ele, a avaliação do projeto foi centralizada pela área internacional da empresa. O então diretor da área internacional, Nestor Cerveró, foi transferido para um cargo na BR Distribuidora em 2008 e demitido na sexta-feira passada.

Segundo o acordo, as decisões estratégicas da refinaria eram tomadas por maioria no conselho de diretores, formado por três executivos de cada lado.  Se não houvesse acordo, a questão era remetida ao comitê, que tinha que decidir por unanimidade. Persistindo o impasse, a Petrobras poderia decidir sozinha, mas, em contrapartida, a Astra tinha o direito de exigir que a estatal brasileira comprasse a sua participação.

A Petrobras instaurou uma comissão de sindicância que terá 45 dias para apurar a operação.

 

Fonte: Terra
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