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Deputados querem que análise técnica prevaleça sobre aspectos políticos na compra de caças

9 dez 2009 - 15h39
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara para explicar a missão brasileira no Haiti, comentar os testes nucleares na Coreia do Norte e prestar esclarecimentos sobre a reorganização das Forças Armadas e a compra de caças" alt="Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara para explicar a missão brasileira no Haiti, comentar os testes nucleares na Coreia do Norte e prestar esclarecimentos sobre a reorganização das Forças Armadas e a compra de caças" src="http://stream.agenciabrasil.gov.br/media/imagens/2009/12/09/091209ANT4888.image_materia_vertical.jpg">

Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara para explicar a missão brasileira no Haiti, comentar os testes nucleares na Coreia do Norte e prestar esclarecimentos sobre a reorganização das Forças Armadas e a compra de caças

Brasília - O deputado federal Wilson Picler (PDT-PR) disse hoje (9) já tercoletado a assinatura de 195 deputados que defendem que a análisetécnica da Aeronáutica prevaleça sobre os aspectos políticos naescolha dos caças militares que irão substituir parte da frotabrasileira.

Durante audiência pública da Comissão deRelações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Picler entregou ao ministro da Defesa, NelsonJobim, cópia do abaixo-assinado encaminhado aos presidentes doSenado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara dos Deputados, MichelTemer (PMDB-SP), no dia 4 de novembro.

"Queremos que orelatório técnico do Comando da Aeronáutica seja respeitado e quenão haja ingerência política . Vou continuar coletandoassinaturas até completar a maioria da Casa", afirmou Picler,explicando que sua intenção é que Sarney e Temer assumam a defesada proposta no Conselho de Defesa Nacional, órgão de consulta dopresidente da República em que os presidentes do Senado e da Câmaratêm assento.

"Tomei esta iniciativa captando a intençãoda população", disse o deputado, criticando o presidente daRepública, Luiz Inácio Lula da Silva, por ter manifestado apreferência brasileira pelo Rafale, da empresa francesa Dassault,que disputa com a norte-americana Boeing e a sueca Saab o contratopara fornecer pelo menos 36 aviões de combate à Aeronáutica.

O ministro disse respeitar a posição do parlamentar, mas afirmou que aForça Aérea opina apenas sobre a capacidade operacional da aeronave enão sobre a política estratégica doBrasil e sobre a capacitação da indústria nacional, que é umadecisão do poder civil.

"O que queremos ouvir da Aeronáutica é a capacidade operacional da aeronave, qual a pretensão dasempresas de transferir tecnologia e o preço disso. E aí quem vaidecidir é o governo. Evidente que se a Força Aérea disser que isso avião vai cair, eu me afasto do concorrente pois disso eu nãoentendo", afirmou Jobim.

A iniciativa de Piclerfoi rejeitada pelo também deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) quedisse que não estava sabendo do abaixo-assinado, classificado porele como uma "interferência do Poder Legislativo no assunto"."Achei até um pouco indevido a entrega deste documento aoministro ", disse Hauly, defendendo que numa negociação daimportância do Projeto FX-2, considerado estratégico, compete aogoverno federal analisar também as implicações políticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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