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Uber apresenta proposta para operar ciclofaixas de lazer na capital paulista

Prefeitura de SP afirma que documento passará por análise técnica da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana; serviço foi suspenso há quase 6 meses

17 fev 2020 - 20h07
(atualizado em 18/2/2020 às 08h55)
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SÃO PAULO - A Uber apresentou nesta segunda-feira, 17, proposta à Prefeitura de São Paulo para operar as ciclofaixas de lazer na capital paulista. O serviço, que fecha uma faixa de 117 quilômetros de vias da cidade para bicicletas aos domingos e feriados, está suspenso desde 25 de agosto do ano passado, quando a Bradesco Seguros encerrou o contrato de patrocínio com a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB).

Em sessão pública na manhã desta segunda-feira, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), abriu a proposta da empresa Uber para operação do programa que foi criado em 2009.

Para retomá-lo, a Uber se comprometeu a assumir todos os gastos para a montagem do serviço oferecido à população, que inclui cones para dividir o espaço entre as bicicletas e o trânsito de carros, além de funcionários para sinalizar e orientar ciclistas, empréstimo de bicicletas e até serviços de mecânico.

Não há informação, no entanto, sobre eventual oferta de bicicletas para aluguel, atividade que a Uber disse anteriormente que também estava em seus planos de mobilidade para a cidade.

"No documento, a Uber se propõe a operar os 117 quilômetros da ciclofaixa de lazer por 12 meses sem custos para o poder público, com previsão da primeira montagem em até 30 dias após a assinatura do Termo de Cooperação", disse, em nota, a Prefeitura.

A proposta passará por análise técnica da SMT e da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), sendo o resultado divulgado no Diário Oficial. Além de aplicativo de transporte particular, a Uber conseguiu recentemente licença para operar o serviço de patinetes na capital paulista, que deve começar em breve.

Procurada pelo Estado sobre operar ciclofaixas de lazer na cidade, a Uber ainda não se manifestou.

Consulta pública

Em dezembro do ano passado, a SMT lançou uma consulta pública de licitação para a contratação de empresa para operar as ciclofaixas de lazer. A publicação no Diário Oficial da Cidade prevê a operação do programa por 12 meses, aos domingos e feriados, das 7 horas às 16 horas. O custo total estimado é de R$ 22.209.091,92 (vinte e dois milhões, duzentos e nove mil, noventa e um reais e noventa e dois centavos).

Antes disso, a Prefeitura já havia recebido propostas de duas empresas interessadas em assumir a operação do serviço, mediante a celebração de Termo de Cooperação. Segundo o Município, os processos foram encerrados por falta de adequação às exigências.

Plano Cicloviário

A gestão Covas pretende passar dos 503 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas existentes para 676 até o fim de 2020, com 173 novas conexões - 73% serão interligadas ao transporte público. O Plano Cicloviário de São Paulo, lançado em dezembro do ano passado, prevê a criação de ciclovias nas Avenidas Henrique Schaumann e Rebouças, na zona oeste da cidade, para conectar as já existentes nas Avenidas Sumaré, Paulista e Brigadeiro Faria Lima, chegando até a Engenheiro Luís Carlos Berrini, na zona sul.

A ciclovia da Radial Leste, que liga as estações do Metrô Corinthians-Itaquera e Tatuapé, também ganhará 5,7 quilômetros e chegará até o centro da cidade, no Parque Dom Pedro II.

Estadão
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