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RJ: manifestantes protestam em frente ao prédio de Eike Batista

31 out 2013 - 19h29
(atualizado em 1/11/2013 às 14h06)
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<p>Durante o ato, manifestantes taparam a boca com fitas pretas</p>
Durante o ato, manifestantes taparam a boca com fitas pretas
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Manifestantes que fazem uma caminhada pelas ruas do centro do Rio de Janeiro nesta quinta-feira protestaram contra o empresário Eike Batista em frente ao prédio onde ficam as empresas do grupo EBX, controladas pelo homem que já foi o mais rico do Brasil. No final da manifestação, na região da Cinelândia, o grupo passou em frente ao edifício Serrador, que está com vidros estilhaçados devido a ataques ocorridos em outros protestos, e gritou palavras de ordem contra Eike.

“Eike Batista, vai se f..., e leva o Cabral com você”, cantavam os manifestantes. Cerca de 30 PMs cercaram o prédio, que já estava protegido por tapumes. Não houve registro de qualquer incidente. Em seguida, os manifestantes se dirigiram para a região da Lapa, famoso bairro boêmio da cidade.

O protesto foi organizado pelo grupo Grito da Liberdade, e pede a libertação de pessoas que foram presas em manifestações anteriores. O ato foi convocado por um vídeo que conta com a participação de diversos artistas globais, como Marcos Palmeira, Mariana Ximenes, Camila Pitanga e Wagner Moura. Eles, no entanto, não compareceram. A atriz Leandra Leal passou rapidamente pela concentração, feita em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

PMs acompanharam o protesto, que seguiu por outras ruas da região central. Eles revistaram bolsas de manifestantes e foram vaiados. Não houve registro de detidos. Durante o ato, manifestantes taparam a boca com fitas pretas, para simbolizar o que classificam de mordaça dos movimentos sociais que vão às ruas protestar.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014,
a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em 
São PauloRio de JaneiroCuritiba,
SalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Colaborou com esta notícia o internauta José Carlos Pereira de Carvalho, do Rio de Janeiro (RJ), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Terra
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