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Presidente da Cedae pede desculpa e promete água normalizada na próxima semana

Hélio Cabral afirmou que líquido que tem saído da torneira de consumidores não oferece risco, mas se negou a beber água turva

15 jan 2020 - 13h52
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RIO - O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Hélio Cabral, pediu desculpas à população do Rio de Janeiro pelos transtornos causados por conta do sabor e do cheiro da água distribuída. Ele garantiu que o problema não voltará a acontecer.

Já a partir da semana que vem o reservatório do Guandu terá uma etapa extra de tratamento da água com carvão ativado que retira da água a geosmina - substância orgânica produzida por algas que causa o cheiro e o sabor de terra na água. Segundo a Cedae, ela não faz mal à saúde.

Cabral admitiu, no entanto, que não sabe o que poderia estar causando a turbidez da água que chega à população - a geosmina não provoca turbidez.

"Isso terá que ser investigado caso a caso", disse. "Pode ser um bicho morto, uma caixa d'água suja."

Ele disse que continua bebendo a água da Cedae que sai da torneira de sua casa, mas não aceitou o desafio dos jornalistas de beber a água turva que tem chegado à parte da população.

"Bebo água da minha casa", limitou-se a dizer.

O diretor da Cedae afirmou que a companhia não tem planos de reduzir o valor da conta de água ou ressarcir a população afetada pelo problema.

"O cidadão tem o direito de reivindicar os seus direitos", disse.

O executivo garantiu também que a demissão de 54 funcionários da companhia ao longo deste ano não tem nenhuma relação com o problema e que eles sequer trabalhavam na área de controle de qualidade da água.

Cabral anunciou investimentos de R$ 750 milhões até 2022 para a modernização de Guandu.

Estadão
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