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MP-SP pode ouvir Kassab e ex-secretário sobre fraude no ISS

8 nov 2013 - 19h54
(atualizado às 20h01)
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Após a divulgação do áudio de uma escuta feita durante a investigação do esquema de fraude que pode ter desviado até R$ 500 milhões da prefeitura de São Paulo, em que o ex-subsecretário da Receita Municipal Ronilson Bezerra Rodrigues afirma que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) “tinha ciência” do esquema de corrupção, o Ministério Público paulista (MP-SP) pode ouvir o ex-chefe do Executivo paulistano e seu então secretário de Finanças, Mauro Ricardo.

O promotor Roberto Bodini, que apura o caso, não descarta ouvir Kassab e Mauro Ricardo, mas ainda não há definição sobre a necessidade de colher depoimentos de ambos. 

Na conversa com outra fiscal, em 18 de setembro, Ronilson reclama que saiu no Diário Oficial que ele está sendo investigado dentro da prefeitura. “É um absurdo. Paula, tinha que chamar o secretário (ex-secretário de Finanças de São Paulo Mauro Ricardo Costa) e o prefeito também, você não acha? Chama o secretário e o prefeito que eu trabalhei. Eles tinham ciência de tudo”, afirma Ronilson no telefone, conforme matéria do Jornal Nacional

Até agora, no entanto, os promotores afirmam que não encontraram nenhuma prova de que Kassab soubesse da corrupção. Em nota, o ex-prefeito repudiou o que chamou de "tentativas sórdidas" de envolver o nome dele em suspeitas de irregularidades contra funcionários públicos municipais admitidos, há anos, por concurso.

Kassab declarou que essa atitude tem objetivo escuso, “exclusivamente para atingir a imagem e a honra” dele. Por fim, Kassab lembrou que a investigação preliminar do esquema de propina começou em setembro de 2012 - e que só não terminou porque a gestão dele chegou ao fim. Ainda segundo a nota, essa apuração foi transferida para a administração atual.

O ex-secretário de Finanças de São Paulo Mauro Ricardo Costa afirmou que as acusações do auditor fiscal são absolutamente infundadas. Mauro Ricardo lembrou que Ronilson foi investigado e exonerado do cargo de confiança ainda na gestão de Kassab.

Fonte: Terra
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