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Greve de motoristas de ônibus de SP acaba após acordo entre trabalhadores e empresas

Conforme SPTrans, o atendimento nas linhas paralisadas está sendo retomado de forma gradativa e deverá se normalizar até o fim do dia; paralisação, que teve início nesta madrugada, afetou ao menos 713 linhas e 6,5 mil ônibus

14 jun 2022 - 17h04
(atualizado às 17h36)
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SÃO PAULO - A greve de ônibus chegou ao fim na cidade de São Paulo. A paralisação de linhas municipais foi encerrada às 15h20 desta terça-feira, 14, após acordo entre as partes, segundo informou a Prefeitura. O sindicato patronal, representado pela SPUrbanuss, acatou a reinvidicação do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), entidade à frente de motoristas e cobradores.

Conforme a SPTrans, o atendimento nas linhas paralisadas está sendo retomado de forma gradativa e deverá se normalizar até o fim do dia. A SPTrans monitora o retorno da frota da cidade para minimizar os impactos na população. A paralisação, que teve início nesta madrugada, afetou ao menos 713 linhas e 6,5 mil ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico desta manhã.

A SPUrbanuss, entidade que representa os empresários do setor, informou que o acordo se deu após parecer do Ministério Público do Trabalho, que teria considerado a greve legal e também a reivindicação do pagamento do reajuste de 12,47% a partir de maio. A reportagem solicitou acesso ao documento, mas ainda não foi atendido pelo MPT.

"Foi cruzando os braços que os condutores de São Paulo conseguiram mostrar a importância da categoria para o funcionamento da maior cidade do País", disse, em nota, o Sindmotoristas. De acordo com a entidade, a paralisação, que durou cerca de 15h, foi suspensa, mas "outras reivindicações seguirão em negociação".

As negociações da campanha salarial dos condutores de São Paulo começaram em março, com diversas reuniões com o setor patronal. O pedido de 12,47% de reajuste salarial, referente ao índice do INPC/IBGE, foi aceito pelo sindicato patronal, mas só a partir de outubro - para não deflagrar a greve, o Sindmotoristas exigia que a proposta pagasse a data-base de 1º de maio.

Com o anúncio da paralisação, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou "a garantia da circulação de 80% do efetivo durante horários de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 60% nos demais períodos". Em caso de descumprimento, haveria multa diária de R$ 50 mil.

"Não houve a manutenção, no período da manhã, dos 80% da frota necessária, conforme foi decidido pela Justiça trabalhista. E agora, na hora do entrepico, os 60% também não foram mantidos", disse ao Estadão secretário executivo de Transporte e Mobilidade Urbana, Gilmar Pereira Miranda.

A SPUrbanuss informou que a operação dos ônibus começou a ser retomada. A Prefeitura listou as empresas que começaram a retomar a operação:

Relação de empresas cuja frota está circulando gradativamente:

- Express (Zona Leste);

- Via Sudeste (Zona Sudeste);

- Gatusa (Zona Sul);

Relação de empresas com a operação paralisada em suas garagens:

- Santa Brígida (Zona Norte);

- Gato Preto (Zona Norte);

- Sambaíba (Zona Norte);

- Viação Metrópole (Zona Leste);

- Ambiental (Zona Leste);

- Campo Belo (Zona Sul);

- Viação Grajaú (Zona Sul);

- KBPX (Zona Sul);

- MobiBrasil (Zona Sul);

- Viação Metrópole (Zona Sul);

- Transppass (Zona Oeste); e

- Gato Preto (Zona Oeste).

Relação das empresas operando normalmente - Grupo Local de Distribuição:

- Norte Buss (Zona Norte)

- Spencer (Zona Norte)

- Transunião (Zona Leste)

- UPBUS (Zona Leste)

- Pêssego (Zona Leste)

- Allibus (Zona Leste)

- Transunião (Zona Sudeste)

- MoveBuss (Zona Leste)

- A2 Transportes (Zona Sul)

- Transwolff (Zona Sul)

- Transcap (Zona Oeste)

- Alfa Rodobus (Zona Oeste)

Estadão
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