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Funcionário terceirizado da Enel é morto após cortar energia de academia em SP

Empresário foi preso sob acusação de autoria do disparo que matou o eletricista na zona leste da capital paulista. Defesa não foi localizada. Concessionária disse repudiar crime

14 mar 2024 - 12h02
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O empresário Randal Rossoni, de 44 anos foi preso sob acusação de assassinar um funcionário de 27 anos da empresa PSC-Alpitel, terceirizada da Enel, após ter a energia elétrica cortada no seu estabelecimento comercial, a academia Rossoni Fitness. O crime aconteceu nesta quarta-feira, 13, no bairro Vila Marieta, zona leste de São Paulo. A defesa do suspeito não foi localizada pela reportagem.

O desentendimento que motivou o crime teria começado na academia, localizada na Rua Antonio Carlos Lamego, 148, após a vítima iniciar o procedimento para desligamento da energia elétrica, motivada pela ausência de pagamentos. Confrontado por Rossoni, apontado como autor do crime, o funcionário terceirizado da Enel terminou o serviço, saiu do local e manteve a rotina de trabalhos na região.

Pouco depois, por volta das 14h, policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência em um posto de gasolina na Avenida São Miguel, cerca de 450 metros da academia.

No endereço indicado, encontraram o funcionário com um ferimento de disparo de arma de fogo, caído no chão. Comerciantes da região relatam que o crime foi repentino, seguido de um tumulto e gritaria no posto de gasolina em que o disparo foi efetuado. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Randal Rossoni, que se identifica como educador físico e bodybuilder nas redes sociais, foi identificado na sequência pela Polícia Militar na avenida Manoel dos Santos Braga. Questionado pelos agentes, Rossoni confessou o crime e confirmou que foi motivado pelo desligamento da energia elétrica na academia.

O autor do disparo foi encaminhado a audiência de custódia e o caso foi registrado como homicídio consumado no 24° DP (Ponte Rasa).

Após o crime, todas as redes sociais ligadas ao empresário e a academia foram desativadas. O Estadão não localizou a defesa do acusado e não obteve retorno nos contatos disponíveis que indicam uma mensagem de que o número está ocupado, desligado ou indisponível.

Em nota, a Enel Distribuição São Paulo disse repudiar "veementemente o ato de violência cometido na tarde de hoje (13) contra um eletricista de uma empresa parceira da companhia, durante uma atividade de corte de energia".

"Após realizar o serviço de corte por inadimplência, o prestador de serviço foi baleado e morreu depois de ser socorrido e levado ao hospital. A companhia está em contato com a empresa parceira para que seja prestada assistência à família do colaborador. A Enel informa que foi registrado boletim de ocorrência e que acompanhará as investigações das autoridades policiais para que esse crime não fique impune", acrescentou a empresa.

Estadão
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