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Família de Peixão, um dos traficantes mais procurados do Rio, é detida com fortuna em joias durante fuga à Bolívia

Eles foram abordados pela PRF na BR-262, em Campo Grande (MS)

9 dez 2025 - 14h19
(atualizado às 14h42)
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Resumo
A família do traficante "Peixão", líder do Terceiro Comando Puro, foi detida pela PRF com joias durante tentativa de fuga à Bolívia; ele segue foragido.
Família de Peixão, um dos traficantes mais procurados do Rio, é detida com fortuna em joias durante fuga à Bolívia
Família de Peixão, um dos traficantes mais procurados do Rio, é detida com fortuna em joias durante fuga à Bolívia
Foto: Divulgação/PRF

A família do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o "Peixão", de 38 anos, chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) e um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, foi detida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta terça-feira, 9, enquanto seguia em direção à Bolívia. Segundo a PRF, os envolvidos estavam com diversas joias. O traficante não estava no veículo e segue foragido.

A abordagem ocorreu na BR-262, em Campo Grande (MS), após informações recebidas da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Por volta das 12h, equipes da PRF foram acionadas para abordar dois veículos que viajavam da capital fluminense com destino a Corumbá, na fronteira com a Bolívia. “Peixão” estaria acompanhado da família, tentando fugir para o país vizinho.

Durante a fiscalização, os motoristas informaram que haviam sido contratados por um conhecido que mora na Bolívia para transportar os passageiros do Rio de Janeiro até Corumbá. Segundo eles, tinham viajado de avião até a capital fluminense, pernoitado e seguido para o Mato Grosso do Sul.

Nos veículos estavam a esposa, três filhos e um sobrinho do traficante, mas ele não foi localizado. Durante a revista, a polícia encontrou diversas joias com inscrições que faziam referência ao foragido, líder da facção criminosa. O sobrinho alegou ser o proprietário dos itens.

Todos os detidos foram levados sob suspeita de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, além de promoção, constituição, financiamento ou integração, pessoalmente ou por interposta pessoa, de organização criminosa. A ocorrência foi encaminhada à Polícia Federal.

O Terra tenta localizar a defesa da família. 

Polícia faz operação para demolir 'resort de luxo' de traficante Peixão, no Rio de Janeiro:

Quem é Peixão?

Em março deste ano, as Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro deflagrarem uma operação no Complexo de Israel, na Zona Norte da capital fluminense, para derrubar um "resort de luxo" construído por Peixão. Além dos mandados de busca e apreensão da ocasião, em endereços ligados ao traficante ele possui ao menos nove mandados expedidos contra ele entre abril de 2016 e maio de 2018, de acordo com o Portal dos Procurados e é um dos principais nomes do fenômeno do narcopentecostalismo.

Traficante evangélico, Peixão
Traficante evangélico, Peixão
Foto: Reprodução/Portal Disque Denúncia

De acordo com o Disque Denúncia, Peixão responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação para a produção e tráfico e corrupção ativa. 

Ele é um dos líderes do Terceiro Comando Puro, uma das principais facções criminosas do Rio de Janeiro. Ele se autodenomina um "traficante evangélico" e justifica sua violenta expansão territorial como uma missão divina para "libertar" comunidades.

O criminoso se consolidou no tráfico dominando territórios na Zona Norte do Rio, principalmente em Parada de Lucas e Cidade Alta, e comandando uma rede de crimes que envolve tráfico de drogas, roubo de cargas e ataques a facções rivais. Suas propriedades, como a mansão de luxo e o resort clandestino, eram financiadas com dinheiro ilícito e serviam de base para suas atividades criminosas.

Polícia inicia demolição de 'resort de luxo' do traficante Peixão, no Rio de Janeiro; veja:

Em fevereiro deste ano, a mansão de Peixão em Parada de Lucas foi tomada pela polícia, durante a Operação Torniquete. O imóvel já havia sido alvo de operações anteriores e contava com uma piscina, área de lazer e uma Estrela de Davi esculpida sob uma cascata, o que, na época, reforçou a conexão do traficante com a autoproclamada "missão evangélica". 

Em 2024, Peixão decidiu que as igrejas católicas de Brás de Pina e Parada de Lucas não poderiam mais celebrar missas, casamentos ou batizados. O número de outras denúncias de intolerância religiosa ligadas ao narcopentecostalismo cresceu na região.

Nos últimos anos, Peixão tem sido alvo de diversas operações policiais. Em outubro de 2016, O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a 58º DP (Posse) deflagraram a Operação Boi da Cara Preta, que cumpriu mandados de prisão preventiva contra quatro policiais militares, um policial civil e outras 19 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas em Nova Iguaçu, Mesquita e região.

Fonte: Portal Terra
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