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Consultor investigado por cartel participava de reuniões com a CPTM

2 jan 2014 - 07h57
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O lobista Arthur Teixeira, um dos consultores investigados por suspeita de envolvimento no pagamento de propina dentro do esquema de cartel em licitações de trens de São Paulo, participou de reuniões na sede da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo o diretor de operação e manutenção da CPTM, José Luiz Lavorente, Teixeira também acompanhou contratos da empresa. Lavorente prestou depoimento à Corregedoria Geral da Administração. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O diretor da CPTM afirmou que Teixeira representou a empresa francesa Alstom, a espanhola CAF e a canadense Bombardier. "Arthur Teixeira chegava a representar as empresas na fase de execução do contrato", disse Lavorente. A CPTM afirmou que são as empresas que decidem quem são seus representantes.

A Alstom, a CAF e a Bombardier venderam trens à CPTM e os entregaram em 2000. Após alguns meses, essas três empresas e a Siemens foram escolhidas para fazer a manutenção de três lotes de trens. Os três contratos, assinados em 2000 e 2001, custaram R$ 744 milhões à CPTM, em valores atualizados.

Segundo a denúncia que a Siemens apresentou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), contratos de manutenção foram alvos de cartel. Um dos documentos entregues pela empresa alemã à investigação indica que, se não houvesse irregularidades, a companhia ofereceria proposta com valor 30% menor do que o apresentado para ganhar a concorrência.

Fonte: Terra
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