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Casos de malária aumentam na região serrana do Rio

Altas temperaturas e o clima seco favorecem a proliferação do mosquito transmissor

26 fev 2015 - 14h04
(atualizado às 20h01)
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<p><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Dos 14 casos confirmados até o momento, 13 são de pessoas que passaram férias em áreas cercadas de mata e cachoeiras<o:p></o:p></span></p>
Dos 14 casos confirmados até o momento, 13 são de pessoas que passaram férias em áreas cercadas de mata e cachoeiras
Foto: Flávia Namen / Especial para Terra

Os casos de malária aumentaram neste ano na região serrana do Rio de Janeiro, se comparado com os outros anos. Segundo dados da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram registrados 14 casos da doença, 13 dos quais de pessoas que passaram férias em áreas cercadas de mata e cachoeiras nos municípios de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Guapimirim e Miguel Pereira. Porém, a secretaria afirmou que "não há evidências de surto de malária no Estado". As altas temperaturas e o clima seco deste verão podem ter contribuído para a disseminação da doença.

Para a secretaria estadual de saúde, a situação é de alerta apenas para pessoas que circulam em regiões próximas de área de Mata Atlântica, já que o forte calor favorece o desenvolvimento do mosquito. “Como a transmissão ocorre em ambiente silvestre, a orientação para as pessoas que tenham frequentado áreas de Mata Atlântica e apresentem quadro febril é para que busquem atendimento médico, informando o histórico de viagem, para facilitar o diagnóstico e o início de tratamento adequado”, afirmou a SES.

Os casos de malária foram registrados nas últimas três semanas no Estado e notificados ao Ministério da Saúde, que está fazendo um acompanhamento. Até o momento, não foram notificados casos graves da doença. O tipo detectado não mata nem causa complicações sérias, podendo provocar episódios de febre, indisposição, dores pelo corpo, prostração por um longo período de tempo — dia sim, dia não.

No site da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que atua como referência em malária para a região extra-Amazônica, especialistas tranquilizam a população e orientam como profissionais de saúde, moradores e turistas devem agir em caso de suspeita da doença. Eles reforçam que o diagnóstico rápido é fundamental e divulgam o Malária-Fone, uma linha exclusiva para atender profissionais de saúde que precisem de auxílio em casos suspeitos. O serviço fornece informações sobre a doença, inclusive sobre os locais para diagnóstico e tratamento. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, podendo ser acionado 24h por dia para casos específicos de emergência médica (paciente febril com suspeita da doença). O telefone de contato é: (21) 99988-0113. 

Segundo o site, pacientes com suspeita de malária fora da região endêmica devem ser encaminhados para um centro especializado no diagnóstico e tratamento do agravo, mesmo que não haja confirmação da doença nos primeiros exames diretos ou no teste rápido. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) tem equipe especializada no diagnóstico e tratamento da malária e é referência do MS para os casos na Extra-Amazônia.

Nos últimos três anos, foi observado uma média anual de 7 casos autóctones (ou seja, contágio dentro do Estado) confirmados de malária no Rio de Janeiro, principalmente nas regiões Serrana, Centro-Sul e Norte.

Moradores assustados

Os registros de malária estão preocupando muitos moradores de Nova Friburgo, especialmente os que freqüentam as cachoeiras do distrito de Lumiar, onde alguns casos foram confirmados. “Nem casos de dengue tínhamos por aqui e estou bastante assustada com essas notícias sobre o aparecimento de malária na região. Por via das dúvidas, vou evitar tomar banho de cachoeira nos fins de semana”, afirma a professora Ana Clara Garcia Ferreira. 

A secretaria de Saúde de Nova Friburgo destacou que a população não tem porque se afligir, pois o quadro da doença na região não configura surto. De acordo com a secretaria, em 2013 dois casos foram notificados e confirmados, enquanto que, em 2014, somente uma suspeita (dada como negativa) foi registrada em Nova Friburgo. Este ano, apenas dois casos até o momento foram comunicados às autoridades de saúde.

Entretanto, ainda que não exista surto da doença em Nova Friburgo, a secretaria alerta para os cuidados que devem ser tomados para que não haja transmissão da doença. “As pessoas devem usar mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e aplicar repelente. Em caso de suspeita de malária, o indivíduo deve se dirigir a qualquer unidade de saúde. Se confirmada a doença, o tratamento é feito no próprio município, a Secretaria Estadual de Saúde é notificada para que o município receba a medicação específica para o paciente, sempre com o acompanhamento e orientação médica”.

Fonte: Especial para Terra
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