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Bolsonaro diz que avalia nova reunião com governadores

1 abr 2020 - 20h14
(atualizado às 20h16)
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que avalia a realização de uma reunião com governadores para discutir a volta paulatina das atividades nos estados que adotaram medidas de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus.

Bolsonaro participa de videoconferência com governadores do Sudeste
Bolsonaro participa de videoconferência com governadores do Sudeste
Foto: Marcos Corrêa / PR

Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da TV Band, Bolsonaro disse que há interesse de sentar à mesa com governadores para decidir como será realizada essa volta.

Mais uma vez, o presidente defendeu que é preciso tratar da saúde e da vida, mas não se pode esquecer do emprego. Ele avaliou que a atual situação leva a uma perda de receita dos Estados e provocou na entrevista.

"Duvido que os governadores possam pagar a folha de maio", disse.

DESCULPAS

O presidente pediu desculpas por ter republicado em uma rede social um vídeo que um homem falava de desabastecimento de uma central de alimentos em Belo Horizonte. O presidente posteriormente apagou a postagem. Disse que não houve a "devida checagem do evento" e acrescentou que parece que aquela central de abastecimento do vídeo estava em manutenção.

Ainda assim, Bolsonaro afirmou que tem caído o fluxo de entrada de alimentos e espera que não caia mais ainda.

"Se chegar a um ponto de interrupção da produção, pode levar de 60 a 90 dias para retornar a produção de hortifrutigranjeiros", avaliou.

O presidente ainda cutucou o fato de a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ter recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigá-lo a seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O apresentador mencionou durante a entrevista que o relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, havia dado um prazo de 48 horas para o governo responder antes de tomar uma decisão.

Bolsonaro respondeu que, se a OAB está achando que todo mundo tem que ir para o isolamento horizontal, "me desculpe OAB, nós vamos sucumbir juntos".

O isolamento horizontal é quando todas as pessoas são atingidas por medidas de restrição de locomoção, ao contrário do isolamento vertical, que tem sido defendido por Bolsonaro, em que apenas idosos e portadores de doenças pré-existentes, ficariam isolados.

"Não adianta colocar a faca no meu pescoço. Isso é democracia", disse ele, para quem o Supremo não seria o foro adequado para buscar uma solução sobre o assunto.

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