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Bolsonaro diz preferir Eduardo no Brasil para pacificar PSL

Presidente sugeriu nome de Nestor Forster para embaixada nos EUA

22 out 2019 - 16h15
(atualizado às 16h21)
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (22) que prefere que seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), permaneça no Brasil para tentar "pacificar" o PSL, partido o qual ambos são filiados e está no meio de uma crise. A declaração foi dada durante a viagem do mandatário brasileiro a Tóquio, no Japão, onde participará de uma cerimônia com o imperador Naruhito, ao ser questionado sobre a polêmica disputa por poder que foi deflagrada no partido. Segundo Bolsonaro, "Eduardo vai ter que decidir nos próximos dias", talvez antes dele voltar ao Brasil, "se quer ter seu nome submetido ao Senado para a embaixada ou não".

    "Porque agora, se ele firmar, no meu entendimento não vou interferir porque se der certo, tudo bem, se der errado: 'Pô, pai, qual é'. Vai ter que decidir se quer se submeter ou não", disse o presidente.

    A polêmica indicação de Eduardo para a embaixada ainda não foi formalizada por seu pai, mas, se confirmada, precisará ser aprovada pelo Senado.

    Hoje, no entanto, Bolsonaro ainda ressaltou que o embaixador Nestor Forster é um "bom nome" para a embaixada do Brasil em Washington, onde já atua como encarregado de negócios.

    A nova especulação ocorre um dia depois que Eduardo Bolsonaro assumiu a liderança do PSL na Câmara dos Deputados. Ele também é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Casa e, para ser embaixador, precisaria renunciar ao mandato.

    "Obviamente, o Eduardo desistindo que eu mande o nome dele ao Senado [para aprovação para o cargo de embaixador], tendo em vista a importância que ele está ganhando na política dentro do partido, o Forster é um bom nome para ser consolidado lá [em Washington]", disse Bolsonaro em entrevista à imprensa durante sua viagem ao Japão.

    De acordo com o presidente, a decisão é do filho, mas disse que Eduardo "é uma pessoa que faz diferença dentro do parlamento".

    A disputa pela liderança do PSL na Casa teve início há duas semanas e é resultado da polêmica interna, a qual a ala ligada a Bolsonaro briga pelo poder com os seguidores do presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar. A oficialização do nome do filho de Bolsonaro na liderança do partido na Câmara ocorreu depois que a ala bolsonarista conseguiu o número suficiente de assinaturas de apoiadores de Eduardo e protocolou o documento. Desta forma, o parlamentar Delegado Waldir (GO), então líder do partido, antecipou sua saída.

Ansa - Brasil   
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