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Avaliação negativa de Bolsonaro mantém tendência de piora, mostra pesquisa XP/Ipespe

11 jun 2021 - 14h00
(atualizado às 15h25)
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A avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro manteve sua tendência de piora, mostrou pesquisa XP/Ipespe de junho divulgada nesta sexta-feira, apesar da melhora da percepção dos entrevistados sobre os rumos da economia e da preocupação com a pandemia de Covid-19.

01/06/2021
REUTERS/Ueslei Marcelino
01/06/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Essa é a primeira vez em que nota-se uma desvinculação entre a avaliação do presidente e os indicadores da pesquisa sobre a economia e sobre a pandemia.

Segundo o levantamento, 50% dos entrevistados consideram o governo federal "ruim" e "péssimo", 1 ponto percentual acima do verificado na pesquisa anterior. Mas esse indicador vem subindo desde outubro de 2020, quando esse indicador era de 31%.

Esse patamar de avaliação negativa é o pior já alcançado pela gestão de Jair Bolsonaro, mas já foi registrada uma vez antes, em maio de 2020.

Os que avaliam o governo como "ótimo" e "bom" passaram de 29% em maio deste ano a 26% em junho. Quando a pergunta é sobre a "maneira de Bolsonaro de administrar o país", 60% a desaprovam, enquanto 34% aprovam.

A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.

Ao abordar as perspectivas econômicas, a pesquisa aponta que oscilou para baixo o percentual dos que consideram que a economia do país está no "caminho errado" de 63% em maio deste ano para 60% em junho. Os que avaliam que a economia está no "caminho certo" passaram de 26% para 29%.

O levantamento também demonstrou uma queda do percentual dos entrevistados que disseram estar "com muito medo" da pandemia de coronavírus. Em maio eram 50%, e agora são 45%.

A avaliação sobre a atuação de Bolsonaro no enfrentamento à pandemia manteve-se nos mesmos patamares verificados em maio: 58% a avaliam como "ruim" e "péssima", e 22% a consideram "ótima" e boa".

Por outro lado, o número dos que aprovam a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) diminuiu de 67% em maio para 62% em junho.

A sondagem mostrou ainda uma queda na fatia que "com certeza" irá se vacinar. Em maio, eram 72%, enquanto em junho foram registrados 60%. Outros 28% disseram que já se vacinaram --eram 18% em maio. Boa parte da queda dos que dizem que irão se vacinar é compensada pelo aumento dos que já foram vacinados. Já 5% afirmaram que não irão se vacinar, frente a 3% verificados em maio.

ELEIÇÕES

Quando o assunto é a disputa pela Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva registra 4 pontos percentuais de vantagem em relação ao presidente Jair Bolsonaro na pergunta estimulada.

A pesquisa mostra Lula com 32% --uma alta de 3 pontos percentuais desde o último levantamento--, enquanto Bolsonaro tem 28%, uma variação negativa de 1 ponto percentual.

Em seguida na lista estimulada de possíveis candidatos, vem o ex-ministro Sergio Moro, com 7%; Ciro Gomes (PDT), com 6%; e o apresentador Luciano Huck, com 4%. Empatados com 3% estão o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM). Guilherme Boulos (PSOL) registra 2%.

Em um eventual segundo turno, Lula aumenta sua vantagem sobre Bolsonaro, passando de 2 pontos percentuais de diferença em maio para 9 pontos percentuais agora. O ex-presidente passou de 42% para 45%, enquanto Bolsonaro foi de 40% para 36%.

Caso o adversário de Bolsonaro fosse Ciro Gomes, o presidente ficaria numericamente em desvantagem. Ciro registra 41%, enquanto Bolsonaro, 37%.

Na pergunta espontânea, quando não são colocados nomes dos possíveis candidatos, Lula e Bolsonaro empatam com 24%. Outros 36% não responderam e 8% declaram votos brancos e nulos.

A pesquisa realizou 1.000 entrevistas entre os dias 7 e 10 de junho.

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