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Bolsonaro ameaça demitir Levy: "está com a cabeça a prêmio"

Presidente deu a declaração ao sair do Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência, em direção à base militar

15 jun 2019 - 15h52
(atualizado às 16h54)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro deu uma bronca pública no presidente do BNDES, Joaquim Levy, e ameaçou demiti-lo caso ele não suspenda a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto do cargo de diretor de mercado de capitais do banco de fomento.

"Levy nomeou Marcos Pinto para função no BNDES. Já estou por aqui com o Levy", disse o presidente neste sábado. "Falei para ele: demite esse cara (Pinto) na segunda ou eu demito você (Levy) sem passar pelo Guedes (ministro da Economia)", afirmou o presidente.

Veja o vídeo:

Bolsonaro ameaça demitir Levy:

Bolsonaro deu a declaração ao sair do Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência, em direção à base militar. Ele viaja agora à tarde para Santa Maria (RS), onde participa de uma cerimônia militar na noite deste sábado.

"Governo tem que ser assim: quando coloca gente suspeita em cargos importantes e essa pessoa, como Levy, já vem há algum tempo, não sendo leal àquilo que foi combinado e àquilo que ele conhece a meu respeito, ele (Levy) está com a cabeça a prêmio há algum tempo", continuou o presidente.

Ao ser questionado por uma jornalista se estava demitindo publicamente o presidente do BNDES, Bolsonaro negou. "Você tem problema de audição?", questionou à repórter.

O presidente do BNDES, Joaquim Levy
O presidente do BNDES, Joaquim Levy
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Na sexta, durante café da manhã com jornalistas, Bolsonaro demitiu o presiente dos Correios, general Juarez Cunha, por ter se comportado como "sindicalista" em ser contrário à privatização da estatal, avalizada pelo presidente.

Agora, o que irritou Bolsonaro foi o presidente do BNDES ter colocado Pinto - que já tinha trabalhado como assessor do BNDES durante o governo PT, de 2005 a 2007 - na diretoria que terá como foco a venda de participações da BNDESPar, braço de participações do banco de fomento.

O próprio Levy foi ministro da Fazenda de Dilma entre 1º de janeiro e 18 de dezembro de 2015, primeiro ano do segundo mandato da petista.

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