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Biden: ataque dos EUA no Afeganistão mata líder da Al Qaeda

1 ago 2022 - 19h18
(atualizado às 20h57)
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O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, foi morto em um ataque dos Estados Unidos no Afeganistão no fim de semana, disse o presidente norte-americano, Joe Biden, nesta segunda-feira, no maior golpe para o grupo militante desde que seu fundador, Osama bin Laden, foi morto em 2011.

Líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, em imagem retirada de vídeo divulgado em setembro de 2011
12/09/2022
REUTERS/SITE Monitoring Service via Reuters/File Photo
Líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, em imagem retirada de vídeo divulgado em setembro de 2011 12/09/2022 REUTERS/SITE Monitoring Service via Reuters/File Photo
Foto: Reuters

Zawahiri, um cirurgião egípcio que tinha uma recompensa de 25 milhões de dólares por sua cabeça, ajudou a coordenar os ataques de 11 de setembro de 2001 que mataram quase 3.000 pessoas nos EUA.

Autoridades norte-americanas, falando sob condição de anonimato, afirmaram que os EUA realizaram um ataque de drone em Cabul, a capital afegã, às 6h18 no horário local.

"Agora a justiça foi feita e esse líder terrorista não existe mais", disse Biden em declaração na Casa Branca. "Nós nunca recuamos."

A inteligência dos EUA determinou com "alta confiança" que o homem morto era Zawahiri, disse um alto funcionário do governo a repórteres. Nenhuma outra vítima ocorreu.

"Zawahiri continuava a representar uma ameaça ativa às pessoas, aos interesses e à segurança nacional dos EUA", disse o funcionário em uma teleconferência. "Sua morte é um golpe significativo para a Al Qaeda e degradará a capacidade de operação do grupo."

Houve rumores da morte de Zawahiri várias vezes nos últimos anos, e há muito tempo se diz que ele estava com problemas de saúde.

Sua morte levanta questões sobre se Zawahiri recebeu refúgio do Taliban após a tomada de Cabul em agosto de 2021.

O ataque de drone é o primeiro ataque conhecido dos EUA no Afeganistão desde que tropas e diplomatas dos EUA deixaram o país em agosto de 2021.

A operação pode reforçar a credibilidade das afirmações de Washington de que os Estados Unidos ainda podem enfrentar ameaças dentro do Afeganistão sem uma presença militar no país.

Em um comunicado, o porta-voz do Taliban Zabihullah Mujahid confirmou que um ataque ocorreu e o condenou veementemente, chamando-o de violação de "princípios internacionais".

O paradeiro de Zawahiri --com rumores apontando para a área tribal do Paquistão ou dentro do Afeganistão-- era desconhecido até o ataque.

Um vídeo divulgado em abril no qual ele elogiava uma muçulmana indiana por desafiar a proibição de usar um véu islâmico dissipou os rumores de que ele havia morrido.

Uma forte explosão ecoou por Cabul na manhã de domingo.

"Uma casa foi atingida por um foguete em Sherpoor. Não houve vítimas porque a casa estava vazia", disse Abdul Nafi Takor, porta-voz do Ministério do Interior, mais cedo.

Uma fonte do Taliban, pedindo anonimato, afirmou que houve relatos de pelo menos um drone sobrevoando Cabul naquela manhã.

Acredita-se que Zawahiri, com outros membros de alto escalão da Al Qaeda, tenha planejado o ataque de 12 de outubro de 2000 ao navio USS Cole no Iêmen, que matou 17 marinheiros norte-americanos e feriu mais de 30 outros, disse o site Rewards for Justice.

Ele foi indiciado nos EUA por participação nos atentados de 7 de agosto de 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia que mataram 224 pessoas e feriram mais de 5.000.

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