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Bebê de 8 meses é retirada do próprio velório após sinais de vida

Familiares perceberam que a temperatura do corpo da criança se mantinha e que não havia rigidez cadavérica

21 out 2024 - 09h53
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Uma bebê de oito meses foi retirada do próprio velório em Correia Pinto, na Serra Catarinense, após ser notada uma leve movimentação de sua mão. A menina, que havia sido diagnosticada com virose no hospital, teve sua morte declarada, mas o caso levantou questionamentos sobre a causa real do óbito, conforme informou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O órgão pediu à Polícia Civil e à Polícia Científica que investiguem a situação.

Atendimento dos bombeiros a bebê que foi retirada do próprio velório em SC
Atendimento dos bombeiros a bebê que foi retirada do próprio velório em SC
Foto: Reprodução/Redes sociais / Perfil Brasil

O falecimento da criança foi declarado por volta das 3h de sábado (19). O velório teve início na manhã do mesmo dia, mas, às 18h, pessoas presentes perceberam sinais vitais na bebê, que foi levada de volta ao hospital. No entanto, a morte foi confirmada mais uma vez pelos médicos. Segundo Cristiano Santos, pai da bebê, "a gente já estava, digamos, bastante transtornados. Aí, surgiu um pouquinho de esperança ali e acabou acontecendo tudo isso", lamentou ao g1.

Velório de bebê é investigado

O pai relatou que a bebê foi levada ao hospital na noite de quinta-feira (17) e recebeu o diagnóstico de virose. Após ser tratada com soro e medicamentos, ela foi liberada. No entanto, a criança voltou a passar mal na madrugada de sábado e faleceu. O médico que atendeu a bebê inicialmente apontou asfixia por vômito como causa da morte, mas a declaração de óbito registra desidratação e infecção intestinal bacteriana.

Durante o velório, os familiares perceberam que a temperatura do corpo da criança se mantinha e que não havia rigidez cadavérica. Eles ainda relataram que notaram a bebê mover os braços e mãos no caixão. O Corpo de Bombeiros foi chamado por volta das 19h. Ao chegar, um farmacêutico já estava no local e mediu a saturação de oxigênio e os batimentos cardíacos da menina, utilizando um oxímetro e um estetoscópio. Sinais vitais fracos foram detectados, levando os bombeiros a realizar mais testes. A saturação de oxigênio da criança era de 84%, e os batimentos cardíacos, 71 por minuto.

Mesmo com esses indícios, um exame de eletrocardiograma não detectou atividade elétrica no coração. A bebê foi mantida no hospital após novos testes, mas a morte foi novamente confirmada.

O Ministério Público solicitou que o exame cadavérico seja feito com especial atenção ao horário e às causas da morte. Além disso, o prontuário médico e os depoimentos do médico, pais, bombeiros e outras testemunhas serão investigados. O promotor Marcus Vinicius dos Santos reforçou ao g1 a importância da análise detalhada, pois "apesar da presença de poucos batimentos cardíacos até o retorno da criança ao hospital, os bombeiros também constataram outros sinais compatíveis com a morte", como pupilas dilatadas e arroxeamento em partes do corpo.

A expectativa é de que o laudo cadavérico seja concluído dentro de um mês.

Versão do hospital e da funerária

A Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, onde a bebê foi atendida, divulgou uma nota informando que a morte foi confirmada às 3h de sábado e que, posteriormente, a criança foi novamente levada ao hospital pelos bombeiros às 19h, mas o óbito foi mais uma vez constatado.

Já o proprietário da Funerária São José, Áureo Arruda Ramos, relatou ao g1 que o corpo da bebê foi preparado por volta das 6h15 de sábado, com o velório começando às 7h. Ele foi chamado novamente ao local por volta das 18h, após os familiares notarem que a menina movia a mão. Ramos aconselhou que a família chamasse os bombeiros, que conduziram os procedimentos seguintes.

Perfil Brasil
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