Perito do caso de PC Farias ateia fogo em objetos após brigar com esposa em SP
Ricardo Molina foi encaminhado para a DDM de Campinas, onde foi ouvido. O caso é investigado como violência doméstica
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O perito forense Ricardo Molina de Figueiredo, de 73 anos, incendiou roupas e objetos após uma discussão com sua esposa, na noite do último sábado, 8, em sua residência, no bairro Caminhos de São Conrado, em Campinas, no interior de São Paulo. Ambos foram levados à delegacia para prestar depoimento. O caso é investigado como violência doméstica.
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Ao Terra, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Militar foi acionada e resgatou a vítima, que estava em outro cômodo da casa. Molina teria ateado fogo nos pertences após um desentendimento com ela, e foi flagrado pelos agentes com um canivete, que foi apreendido.
Os dois receberam atendimento médico e, em seguida, foram encaminhados à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Campinas, onde prestaram depoimento. O caso foi registrado como violência doméstica e contravenções penais.
Conforme apurado pelo Estadão, enquanto os PMs estavam no imóvel resgatando a mulher isolada em outro cômodo, sentiram o cheiro de queimado em outro local da casa. Os policiais conseguiram controlar as chamas e verificaram que o perito estava com ferimentos no pé, após pisar em cacos de vidro, espalhados pelo chão.
A reportagem tentou contato com Molina, mas não teve retorno até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.
Histórico de violência doméstica
Essa não é a primeira vez que o perito que ficou famoso por sua atuação no caso PC Farias é acusado de violência doméstica. Em abril de 2023, sua então esposa, Janine Jansen, o acusou publicamente de violência doméstica, psicológica e patrimonial. Na época, os dois estavam em processo de separação.
A mulher postou vídeos do momento em que ele quebra os vidros de uma porta, urina em cima de uma Bíblia e joga maquiagens e roupas dela pela janela. Janine é chamada de 'piranha', 'vagabunda', 'interesseira' e 'traidora'.
Ao Estadão, ele Molina afirmou na época que a briga teria começado em um momento em que eles tentavam reatar o casamento, mas ele descobriu uma traição, que é negada pela ex-mulher. Na versão dela, o perito é quem mantinha casos extraconjugais ao longo do casamento. No entanto, ele negou as traições e agressões.
Ricardo Molina é ex-professor da Universidade de Campinas (Unicamp) e ficou conhecido nacionalmente por sua atuação em casos emblemáticos, como no assassinato do empresário Paulo César Farias, o PC Farias, em 1996. Farias foi tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor, impeachmado em 1992. O perito também trabalhou na resolução do acidente de avião que matou os integrantes da banda Mamonas Assassinas, naquele mesmo ano.
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