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Indígenas empossadas: “É hora de reescrever a história com o protagonismo das mulheres originárias"

Sonia Guajajara, primeira ministra dos povos indígenas, e Célia Xacriabá, deputada federal, tomam posse nesta quarta-feira (1)

1 fev 2023 - 09h53
(atualizado às 10h10)
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As mulheres indígenas têm feito história na luta por direitos e quebra de estereótipos.
As mulheres indígenas têm feito história na luta por direitos e quebra de estereótipos.
Foto: Reprodução/Instagram

Mulheres de diversos povos indígenas estão em Brasília entre os dias 29 de janeiro e 01 de fevereiro com o objetivo de articular coletivamente o Ministério dos Povos Indígenas, Congresso, FUNAI e SESAI, além de estimular debates para a construção da III Mulheres Indígenas Março, planejada para setembro de 2023.

As mulheres indígenas têm feito história na luta por direitos e quebra de estereótipos. Vale ressaltar que, por muito tempo, elas ficaram na invisibilidade, fazendo somente trabalhos nas aldeias, sem ganhar espaços para decisões dentro dos seus próprios territórios. Chegar aos cargos de poder e conseguir ocupar espaços com muita garra e coragem, é viver um eterno desafio, de lutar, de ocupar espaços e de protagonizar a própria história.

Historicamente era dito para as indígenas que elas não poderiam ocupar determinados locais. Tal histórico jamais intimidou ou amedrontou as mulheres da ANMIGA (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras Ancestrais) de insistir na coletividade. Hoje elas ocupam espaços de poder, com direito a voz e voto, de vereadora a ministra, o coletivo vem ganhando destaque mundial em referência de lutas por territórios.

A ANMIGA é uma grande articulação de Mulheres Indígenas de todos biomas do Brasil, com saberes, com tradições, com lutas que se somam e convergem que juntou mulheres mobilizadas pela garantia dos direitos indígenas e da vida dos nossos povos.

O coletivo é composto por mulheres indígenas, originárias da Terra. A mãe do Brasil é indígena. A ANMIGA é essa articulação de mulheres ramas, uma referência nacional que dialoga e está conectada e ramificada com nossas bases, fortalecendo toda mulher que esteja à frente de organizações e de situações dentro e fora do território.

Foto: Reprodução

Sonia Guajajara, a primeira ministra dos povos indígenas, é uma das organizadoras do coletivo juntamente com a deputada federal Célia Xacriabá e juntas estão articulando que várias outras mulheres chegam a espaços de poder dentro dos seus estados. As mesmas serão empossadas nesta quarta, dia 01 de fevereiro, com a formalidade do congresso, mas também irão fazer a sua posse ancestral juntamente com o povo, com todos os indígenas que estarão no encontro. Será um momento de fortalecer as lutas e combater o racismo. É hora de reescrever a história com o protagonismo das originárias da terra.

 A rede ANMIGA apela a todos para que apoiem a luta da terra, das mulheres raiz e semente, dos seis biomas do Brasil, na construção de uma governança que respeite a sua existência.

Viva as mulheres indígenas, viva a luta coletiva!

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Fonte: Redação Nós
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