Script = https://s1.trrsf.com/update-1733861710/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Bancada do cocar tem a missão de enfrentar um Congresso conservador e reverter retrocessos

O Brasil celebra uma revolução democrática após eleição histórica para enfim saldar dívidas históricas com o etnocídio e a escravidão

29 dez 2022 - 05h00
Compartilhar
Exibir comentários
Sônia Guajajara deve ter papel decisivo na defesa da luta indígena e do meio ambiente no novo governo
Sônia Guajajara deve ter papel decisivo na defesa da luta indígena e do meio ambiente no novo governo
Foto: Reprodução/Facebook

A fala de Sônia Guajajara durante o lançamento da campanha indígena no ATL 2022 mostrou o protagonismo das mulheres indígenas. “Essa força das mulheres indígenas vêm de várias partes do Brasil. E nós estamos aqui, hoje, enfrentando mais um desafio. Desafios que a gente enfrenta há cinco séculos. Mas, agora, estamos dando um passo à frente. Nós queremos ocupar a política institucional. Estamos aqui para dizer que nunca mais vamos aceitar um Brasil sem nós”. A pronunciamento histórico da líder indígena encorajou outras mulheres a se candidatarem.

E podemos dizer que o incentivo deu frutos. A bancada do cocar, eleita com duas deputadas federais mulheres representantes do movimento indígena Célia Xacriabá e Sônia Guajajara, tem a missão de enfrentar uma forte bancada de oposição dentro do Congresso Nacional e aldear a política.

Elas vão encarar um congressitas conservadores, um grande desafio, para defender os direitos dos povos indígenas e o meio ambiente. As páginas da história estão sendo escritas com o protagonismo dos povos indígenas, que, agora, têm a missão de deter os retrocessos dos quatro anos da presidência de Jair Bolsonaro e promover o enfrentamento às mudanças climáticas.

Outro assunto bem debatido entre as lideranças indígenas e o movimento indígena é quem vai assumir o inédito ministério dos povos indígenas. Estamos a poucos dias do presidente eleito Lula assumir seu mandato e, até então, não foi definido quem ocupará o cargo.

A Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) mandou uma lista tríplice junto as discussões no grupo de transição que conta com Joenia Wapichana, primeira indígena eleita deputada federal, mas que não conseguiu sua reeleição, Sônia Guajajara, liderança indígena e deputada federal eleita por São Paulo, e Weibe Tapeba, liderança indígena e vereador com grande luta na causa indígena.

A presença indígena, através dos nossos representantes nesses espaços, fará muita diferença, como foi atestado no último período pela aguerrida atuação parlamentar da nossa primeira deputada federal eleita, Joênia Wapichana, que se desdobrou e batalhou até a exaustão para impedir iniciativas legislativas que visavam regredir ou suprimir os nossos direitos consagrados na Constituição Federal de 1988.

Continuaremos em luta pelo nosso povo, pelos nossos ancestrais e pelas futuras gerações.

Fonte: Redação Nós
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade