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Defesa afirma que Robinho 'não vai se opor à prisão'

Presidente do STJ assinou ofício nesta quinta-feira, 21, para o cumprimento da prisão do ex-jogador

21 mar 2024 - 17h53
(atualizado às 18h18)
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Mesmo condenado por estupro coletivo, Robinho segue em liberdade
Mesmo condenado por estupro coletivo, Robinho segue em liberdade
Foto: Divulgação/Santos FC

O advogado José Eduardo Alckmin, que representa o ex-jogador Robinho, afirmou à coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, que o atleta "não vai se opor" à prisão. Na tarde desta quinta-feira, 21, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou que a Justiça Federal cumpra a prisão do esportista pelo crime de estupro cometido na Itália.

Segundo a defesa, Robinho está em casa com a família, em Santos (SP). "Ele vai seguir a lei, até pra mostrar que ele é um homem cumpridor da lei. Não vai se opor à prisão. Não, não, de jeito nenhum. Se chegar uma ordem judicial, vai cumprir imediatamente”, afirmou Alckmin.

Ainda de acordo com o advogado, Robinho ficou "muito abalado" e "não esperava" a decisão dos magistrados do STJ, que homologaram na quarta-feira, 20, a sentença da Justiça italiana, que condenou o ex-jogador a nove anos de prisão. A pena deve ser cumprida em regime inicial fechado. O placar do julgamento foi de nove ministros favoráveis e dois contrários à decisão. 

O STJ também decidiu que Robinho deve ser imediatamente preso, divergindo de outra ala que argumentava que a prisão deveria ocorrer somente após o trânsito em julgado, ou seja, após esgotados todos os recursos. 

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Segundo os ministros, Robinho deve ficar em regime fechado devido o crime ser considerado grave e ter pena maior que oito anos. As questões relacionadas à progressão do regime de pena deverão seguir as normas da Lei de Crimes Hediondos e da Lei de Execução Penal brasileiras.

De acordo com o STJ, um comunicado sobre a decisão foi encaminhado à Justiça Federal de Santos nesta quinta para o cumprimento da prisão, acompanhado de uma cópia da certidão do julgamento e da decisão traduzida da Justiça italiana. A expectativa é de que a prisão de Robinho ocorra nos próximos dias. 

"Comunico a Vossa Excelência que a Corte Especial, na sessão de  20 de março de 2024, ao apreciar a HDE n. 7.986/IT, por maioria, deferiu o pedido de homologação de decisão estrangeira, com determinação de ciência imediata a esse Juízo, a fim de que se inicie, de imediato, a execução de sentença  condenatória, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Tão logo seja publicado o acórdão, a carta de sentença será enviada a esse juízo", determinou a ministra em ofício obtido pelo Terra. 

STJ forma maioria para que Robinho cumpra pena por estupro no Brasil:

Recursos da defesa

Por sua vez, os advogados do ex-jogador entraram com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar que ele seja preso após a decisão do STJ. Eles argumentam que a decisão da corte brasileira viola a jurisprudência do STF que prevê a prisão somente após a conclusão de todos os recursos e afirma que o Supremo pode rever a decisão do STJ.

Na Suprema Corte, o responsável por analisar o pedido de habeas corpus de Robinho será o ministro Luiz Fux, apontado para o caso nesta quinta-feira. 

Ao STJ, a defesa apresentará um recurso apontando as possíveis contradições e omissões da decisão da Corte Especial. Além disso, ainda podem solicitar que os ministros esclareçam o que foi definido.

O prazo para o recurso ser apresentado é de cinco dias após a publicação do acórdão, a decisão colegiada dos ministros. O Ministério Público Federal deve ser ouvido antes da apreciação do recurso na Corte Especial.

A defesa também pode apresentar um recurso extraordinário contra a decisão, apontando uma ofensa à Constituição para ser admitido. Os representantes do ex-jogador argumentaram que a homologação da sentença da Justiça da Itália viola a Constituição.

No entanto, esses mecanismos jurídicos podem ser utilizados apenas para questionar questões relacionadas ao julgamento de quarta-feira e não aos fatos em si, os quais já foram julgados pela Justiça italiana. 

Crime de estupro no Brasil

No Brasil, o artigo 213 do Código Penal classifica estupro como “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. A pena é de 6 a 10 anos de prisão, podendo chegar a 12 anos se a vítima tiver entre 14 e 18 anos de idade.

Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180).Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada. Saiba mais sobre como denunciar aqui.

Fonte: Redação Terra
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